A BOVESPA iniciou em 14/07 uma campanha para divulgação do PIBB, primeiro
fundo de índice do mercado de capitais brasileiro, nas ruas da capital paulista.
A iniciativa reúne ações educativas e promocionais, direcionadas à população em
geral, que orientam sobre o investimento e explicam as principais
características do PIBB.
Os investidores terão até o próximo dia 20 de julho para fazer suas
reservas junto aos agentes vendedores. A oferta inicial será de R$ 600 milhões
em ações, divididas em cotas que serão comercializadas pelos bancos Itaú,
Bradesco, Unibanco, Santander e Banco do Brasil, além de corretoras e
distribuidoras de valores mobiliários.
O que são PIBBs
Os PIBBs (Papéis de Índice Brasil Bovespa) são quotas do fundo PIBB Fundo de
Índice Brasil - 50 - Brasil Tracker, o primeiro fundo de investimento em índice
de mercado, regulado pela Instrução 359 de 22 de janeiro de 2002 da Comissão de
Valores Mobiliários - CVM.
O PIBB Fundo de Índice Brasil - 50 - Brasil Tracker - é um fundo de investimento
constituído sob a forma de condomínio aberto e destina-se à aplicação em
carteira de títulos e valores mobiliários que visa a buscar resultados
semelhantes à performance do IBrX 50.
Cada PIBB representa uma fração ideal da carteira do Fundo da qual farão parte,
na medida do possível, todas as ações que compõem a carteira teórica do IBrX-50,
além de outros ativos, em menor proporção. Desta forma, ao investir em PIBBs, o
investidor estará também investindo, indiretamente, nas mesmas ações que compõem
a carteira teórica do o IBrX 50, quase que na mesma proporção em que estas
compõem a carteira teórica do IBrX-50.
Os PIBBs são admitidos para negociação na Bovespa do mesmo modo que qualquer
outro valor mobiliário nela negociado. Os PIBBs serão emitidos exclusivamente
sob forma escritural e as negociações de PIBBs serão compensadas e liquidadas
através da CBLC. Não serão emitidos certificados de PIBBs.
Público Alvo
O Fundo destina-se tanto a investidores residentes no Brasil quanto a não
residentes, sendo que nenhum investidor não residente no Brasil poderá, direta
ou indiretamente, adquirir ou deter PIBBs se, a critério do Administrador, a
aquisição ou titularidade de PIBBs por tal investidor resultar na violação da
legislação de qualquer jurisdição, ainda que não a brasileira, onde tenha
ocorrido esforço de venda para a primeira distribuição secundária de PIBBs
autorizada pela Comissão de Valores Mobiliários ("CVM").
Objetivo do PIBB
O Objetivo de Investimento do Fundo é buscar refletir a performance do IBrX-50,
principalmente através do investimento em Ações IBrX-50 emitidas pelas
Companhias IBrX-50, na mesma proporção, sempre que razoavelmente possível, em
que tais Ações IBrX-50 integrem a carteira teórica do IBrX-50, observados os
limites de diversificação e composição aplicáveis à carteira do Fundo, conforme
estabelecido no Regulamento.
O IBrX-50 compreende atualmente 50 ações emitidas por 44 diferentes companhias
atuantes em oito diferentes setores econômicos. As Ações IBrX-50 representam as
50 ações mais negociadas na Bovespa, em termos de número de negócios e volume
financeiro, ponderadas na carteira teórica do IBrX-50 pelo valor de mercado das
ações disponíveis à negociação no mercado de ações da Bovespa. No encerramento
do pregão regular da Bovespa em 3 de maio de 2004, as Companhias IBrX-50
respondiam por aproximadamente 71,4% da capitalização bursátil total da Bovespa.
Política de Investimento
Diversamente da maioria dos fundos de investimentos em que o papel de
administração envolve poderes discricionários consideráveis e a seleção ativa e
contínua dos investimentos realizados pelos fundos, o papel do Administrador no
que tange à seleção de investimentos para o Fundo é limitado, visto que o
Objetivo de Investimento é buscar refletir a performance do IBrX-50.
O Regulamento exige que o Fundo mantenha pelo menos 95% de seu patrimônio
investido em Ações IBrX-50 de forma proporcional, na medida do possível, às
ponderações de tais Ações IBrX-50 no IBrX-50. Por conseguinte, o Administrador
de tempos em tempos reajustará a composição da carteira do Fundo na forma
exigida pelo Regulamento para refletir as mudanças da composição da carteira
teórica do IBrX-50. Até 5% do patrimônio do Fundo poderá ser investido em outros
instrumentos, inclusive certos títulos de renda fixa e instrumentos derivativos,
observadas as limitações impostas pelo Regulamento e pela legislação aplicável.
História
O PIBB Fundo de Índice Brasil - 50 - Brasil Tracker foi estruturado a partir da
parceria entre o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social , a Bolsa
de Valores de São Paulo o JP Morgan e a Goldman Sachs.
Esta parceria buscou, inicialmente, preparar a base legal para criação do PIBB
Fundo de Índice Brasil - 50 - Brasil Tracker. Para tanto, foi necessária a
intervenção e participação da CVM, que culminou no lançamento da Instrução CVM
359, de 22 janeiro de 2002.
Por fim, juntou-se ao grupo de estruturação do PIBB Fundo de Índice Brasil - 50
- Brasil Tracker o Banco Itaú S/A. para exercer, dentre outras atividades, os
serviços de administração, gestão, escrituração de quotas, custódia,
contabilidade, tesouraria e manutenção da página do fundo na rede mundial de
computadores.
A estruturação do PIBB Fundo de Índice Brasil - 50 - Brasil teve como um de seus
principais objetivos o desenvolvimento do mercado de capitais brasileiros. O
PIBB é uma forma simples e rápida de investir nas ações mais líquidas do
mercado, com o benefício de diversificação imediata da carteira investida, que
estará sempre em linha com a própria composição do IBrX 50, excelente
referencial do mercado acionário brasileiro.
Aplicação em fundos ou compra direta?
Por Angelo Pavini
Valor Econômico
Os interessados em comprar cotas do fundo do Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Papéis Índice Brasil Bovespa (PIBB),
devem ficar atentos às condições de cada instituição. As taxas de custódia para
a compra direta variam de R$ 5,40 a R$ 30,00 por mês, o que pode tornar mais
interessante para valores menores a aplicação em fundos de cotas.
Mas, mesmo nessas carteiras, vale procurar as melhores opções, uma vez que as
taxas de administração variam de 1% a 2% ao ano. E a concorrência é forte. O
Bradesco reduziu nesta semana suas taxas de fundos, de 2% para 1,5% ao ano. Já a
Ativa Corretora, em parceira com a Sirotsky & Associados, decidiu isentar os
clientes da taxa de custódia, que em média fica em torno de R$ 10,00 nas
corretoras.
O prazo para reservas do fundo do BNDES, que imita a carteira do Índice
Brasil-50 (IBrX-50) termina dia 20. O índice reúne as 50 ações mais negociadas e
ponderadas pelo valor de mercado das empresas. As corretoras independentes
também deram a largada a uma campanha de vendas para atrair os investidores,
usando como grande atrativo a opção de venda dada pelo BNDES. Ela garante o
valor aplicado em caso de queda no preço das ações para valores até R$ 25 mil
daqui um ano.
Alguns bancos oferecem fundos com ou sem essa opção de venda. Nos com opção, o
investimento máximo é de R$ 25 mil. Já nos sem opção de venda, é possível
aplicar até R$ 225 mil. Na compra direta, o limite é de R$ 250 mil.
O problema do pequeno investidor optar pela compra direta é a taxa de
custódia. O mínimo é de R$ 5,40 por mês. Mas, em alguns bancos, pode ser bem
maior, chegando a R$ 30,00. Nesses casos, é melhor optar pelos fundos de cotas.
O limite a partir do qual a compra direta se torna mais vantajosa varia de
acordo com a custódia e a taxa de administração de cada fundo, e pode ir de R$
4.320,00 a R$ 18 mil.
A taxa de custódia das corretoras, de R$ 10,00 por mês em média, significa um
custo de R$ 120 por ano. Para uma aplicação pelo valor mínimo, de R$ 1 mil,
representará 12% ao ano. Para R$ 10 mil, o custo cai para 1,2%. Apenas como
comparação, fundos de ações de varejo costumam cobrar taxas de administração
entre 3,5% e 5% ao ano. Mas vale lembrar que o PIBB não tem gestão ativa, apenas
uma carteira diversificada, que escolhe os papéis de acordo com sua liquidez e
presença no mercado.
Segundo a Comissão de Valores Mobiliários, dois fundos de cotas de PIBB devem
estrear nos próximos dias, um do BankBoston e outro da Hedging Griffo - este
último, com a menor taxa de administração do mercado, de 1% ao ano, mas
aplicação mínima de R$ 4 mil.