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Investimentos / Fundos - Poupança ou fundos de curto prazo: como escolher na hora de investir? 

Data: 30/05/2007

 
 
Se você faz parte do grupo de investidores que não gostam de correr riscos desnecessários com o seu dinheiro, certamente já deve ter feito esta pergunta a si mesmo.

Entretanto, a decisão da melhor alternativa de investimento para o seu bolso vai depender não só da sua aversão ao risco, mas também do valor que pretende investir e do período em vai deixar o dinheiro aplicado, já que isto terá implicações significativas sobre o retorno da sua aplicação.

Garantia do FGC é vantajosa para pequenos
Mesmo para os extremamente conservadores, a aplicação em poupança só faz sentido se você tem pequenas quantias para investir (menos do que R$ 500,00) e pretende deixar o dinheiro aplicado por um prazo muito curto de tempo, digamos menos de 90 dias.

Caso contrário, não vale a pena, pois a diferença entre o rendimento da poupança e o da maioria dos fundos DI é tão grande que, mesmo depois de descontadas todas as taxas e impostos que incidem na aplicação em fundos, você ainda sai ganhando!

A poupança é uma aplicação tradicional cuja rentabilidade é pré-fixada e equivalente à variação da TR + 0,5% ao mês. Além disso, a poupança é garantida pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC) até um valor máximo de R$ 20 mil por CPF, ou seja, você recebe o seu dinheiro (até valor limite) mesmo que o banco onde tem o depósito em poupança venha a quebrar. Porém, como a quantia é limitada por CPF, não adianta ter mais de uma conta de poupança neste valor, que a quantia restituída será a mesma.

Investir em fundos custa!
Também não podemos esquecer os custos envolvidos no investimento. Enquanto na poupança não são cobradas taxas de administração, IOF ou imposto de renda, o mesmo não acontece nos fundos de investimento. E isso certamente tem um impacto significativo no retorno da sua aplicação.

Em primeiro lugar, é preciso entender por quanto tempo você pretende deixar o dinheiro aplicado, pois isso terá implicações significativas na tributação dos seus rendimentos. Se a sua intenção é investir por um período menor do que seis meses, então neste caso a alíquota de imposto de renda que será aplicada será de 22,5%.

Resta agora entender que tipo de taxa de administração um pequeno investidor pode esperar ao investir seu dinheiro. Neste sentido, analisamos os fundos de curto prazo e os referenciados DI oferecidos pelos maiores gestores do País, segundo dados da própria Anbid (Associação Nacional dos Bancos de Investimento): Banco do Brasil, Bradesco, Itaú, Caixa Econômica Federal, HSBC, Unibanco, Santander e ABN Amro.

Aqui é importante ressaltar que concentramos nossa análise nos fundos cuja aplicação mínima não superava R$ 1 mil, e que, portanto, podem ser uma opção de investimento para os pequenos investidores. Considerando que existe pouca distinção na alocação das carteiras destes fundos, o diferencial de retorno acaba sendo função da taxa de administração, que varia entre 2% e 5,5% ao ano, sendo que a mediana é de 4%, patamar elevado para este tipo de aplicação.

Diante disto, pode-se estimar que, no mês de junho, o retorno médio líquido obtido, e aqui já se desconta 22,5% de imposto de renda, para os fundos de curto prazo foi de 0,908% e o dos fundos referenciados DI foi de 0,955%. Por sua vez, a poupança rendeu no mesmo período 0,76%.

Estes valores não incluem o pagamento de IOF, que é cobrado e cuja alíquota é regressiva de 95% a 5%, para saques antes de 30 dias no caso dos fundos. Até porque, quem sacar antes deste período na poupança acaba tendo que abrir mão da sua rentabilidade, visto que, ao contrário dos fundos, o rendimento é creditado apenas na data de aniversário, e saques anteriores a esta data implicam em perda do ganho.

Prazo favorece ainda mais os fundos
Diante dos números acima, não é difícil constatar que, mesmo para pequenas quantias, e por prazos curtos de tempo, investir em fundos ainda é mais atrativo do que a poupança. Esta constatação fica ainda mais evidente quando o prazo de investimento é maior do que seis meses, pois neste caso as alíquotas de imposto de renda a serem praticadas são menores.

Assim, por exemplo, se sua intenção é investir por um prazo entre 6 e 12 meses, a alíquota a ser aplicada será de 20%, percentual que cai para 17,5% caso o investimento seja mantido entre 12 e 24 meses, e para 15% se a aplicação for mantida por mais de 24 meses.

A tabela abaixo resume, de maneira simplificada, a diferença entre retorno bruto e líquido dos fundos e da poupança para prazos distintos de investimento. É sempre bom lembrar que é provável que a taxa de juro caia no segundo semestre deste ano, o que significa que o retorno bruto pode ser menor, mas isso também afetará a poupança, de forma que não foi incluída nesta análise.

 
Aplicação Poupança Fundo Curto Prazo
Até seis meses 0,761% 0,9085%
Entre 6 e 12 meses 0,761% 0,9378%
Entre 12 e 24 meses 0,761% 0,9671%
Mais de 24 meses 0,761% 0,9964%

Na prática isso significa que, assumindo os retornos acima, uma pessoa que investir R$ 1 mil na poupança, após 6 meses teria acumulado R$ 9,23 a mais na opção pelos fundos, quantia que sobe para R$ 25 em 12 meses, para R$ 60 em 24 meses e, finalmente, R$ 115 em 36 meses.

Os valores podem parecer pequenos, mas é sempre bom lembrar que isso assume um único aporte de R$ 1 mil. Caso sejam efetuados aportes maiores e com maior freqüência esta diferença aumenta mais do que proporcionalmente. Além disso, para quem já sabe de antemão que irá manter o dinheiro investido por mais de seis meses, a opção na hora de investir não deve ser um fundo de curto prazo, mas sim um fundo referenciado DI, cujo retorno médio oferecido é ligeiramente mais atrativo.


 
Referência: -
Aprenda mais !!!
Abaixo colocamos mais algumas dicas :