Pessoas de diferentes gerações percebem o mundo de forma distinta. Assim, um
dos grandes desafios do mercado de trabalho é conciliar os desejos de
profissionais nascidos em épocas diversas.
No caso da “Geração Y” (nascidos entre 1980 e 2000), especialistas advertem
que, embora importante, o salário não é fator determinante para motivar estes
profissionais. Para eles, segundo pesquisa realizada pelo Great Place to Work, é
importante que a empresa ofereça novos desafios, como a possibilidade de
trabalhar no exterior; engajamento em iniciativas de responsabilidade
socioambiental; e equilíbrio entre a vida profissional e pessoal, por exemplo.
“Esses profissionais da “Geração Y” são mais exigentes porque buscam mais do
que salários e benefícios; eles compõem uma geração movida a desafios contínuos.
A mensagem que passam aos gestores é a de que o comprometimento e a permanência
na empresa estão estreitamente ligados à capacidade de inovação da organização
ou o investimento que a companhia faz para se conectar com tendências emergentes
e manter esse funcionário estimulado. Construir um ambiente em que a hierarquia
não seja sinônimo de burocracia profissional é uma característica importante
para as empresas que desejam atrair talentos dessa geração”, explica o CEO do
Great Place to Work Brasil, Ruy Shiozawa.
Desejos
Caracterizados por serem otimistas, sociáveis, apegados às amizades, terem
facilidade para aprender, disposição em exercer a cidadania, adeptos do trabalho
coletivo; e terem alto interesse na vida profissional, os “Ys” têm dificuldade
para lidar com pessoas difíceis no ambiente corporativo.
Talvez, por isso, contam mais pontos para a motivação desta geração o design
do local de trabalho, inclusão social, viagens, voluntariado, e-learning, tempo
livre, férias e folgas periódicas, reciclagem profissional, flexibilidade de
horário, descontos e vantagens.
Além disso, aparecem na lista o agradecimento pessoal, recompensa da equipe e
reconhecimento (financeiro e não financeiro), entre outros. “A comunicação
transparente é extremamente relevante quando lidamos com os 'Ys'”, afirma o CEO
global do Great Place to Work, José Tolovi Jr.
Números
Ainda segundo a pesquisa do Great Place to Work, no Brasil, 32% dos postos
de trabalho das melhores empresas para trabalhar são ocupados por profissionais
da “Geração Y”.
A “Geração X”, nascida entre a década de sessenta e setenta, por sua vez,
responde por 58% dos postos de trabalho; enquanto que os chamados “baby boomers”
(de 1940 a 1960) ocupam 10% do ambiente corporativo.