Investimentos / Fundos - Dívida externa: Saiba quando e como investir nos títulos da dívida externa
Com os títulos da dívida externa brasileira (como o Global
40, por exemplo) mostrando bom desempenho e operando em patamares de preços
bastante elevados, muita gente se pergunta se o investimento nestes papéis vale
a pena, e, o mais importante, como pode ser feito.
De forma geral, para quem investe nestes títulos, os componentes principais para
determinar sua rentabilidade são dois: o desempenho dos títulos e a cotação do
dólar frente ao real. Isso ocorre porque os títulos são cotados em dólar, de
forma que uma queda da moeda norte-americana gera uma perda quando convertida em
reais, que é a medida de desempenho da imensa maioria dos investidores
brasileiros.
Ganhos e perdas limitados
Antes de investir, é interessante entender uma das características mais
importantes do investimento em títulos da dívida externa: o fato da
rentabilidade não atingir extremos, tanto positivos como negativos. Isso ocorre
em função das duas principais variáveis que afetam sua rentabilidade em reais,
que, geralmente, andam em direções opostas.
Como visto em 2002, em momentos de forte pessimismo o valor dos títulos cai,
mas, em compensação, o dólar sobe. Exatamente o inverso acontece em cenários de
maior otimismo, como o atual, quando o dólar vem caindo e o preço dos títulos
aumentando.
Isso garante um desempenho mais estável do que outras aplicações, como o dólar
ou fundos cambiais, por exemplo, sendo recomendado para quem se dispõe a correr
o risco cambial, mas também busca se beneficiar do otimismo do mercado com o
futuro da economia brasileira.
Como investir
Um dos maiores problemas dos títulos da dívida externa é que o investimento
direto nos títulos somente pode ser feito em volumes elevados. Embora o mínimo
seja US$ 10 mil, poucos bancos e corretoras se dispõem a negociar estes valores,
já que o lote "típico" de negociação no mercado é de "somente" US$ 1 milhão. De
forma geral, é difícil achar quem negocie lotes inferiores a US$ 10 mil com um
preço aceitável.
Porém, existe uma alternativa, que está no alcance de boa parte dos investidores
brasileiros: os fundos de investimento no exterior. Para investir nestes fundos,
você não precisa trabalhar com um banco ou corretora no exterior, como no caso
do investimento direto em títulos.
Para quem tem conta nos grandes bancos, é fácil aplicar nestes fundos, que, em
geral, investem ao menos 80% dos recursos em títulos da dívida externa
brasileira. Com isso, os investidores que podem investir a partir de R$ 1 mil
como aplicação inicial podem aplicar neste produto, contando com a gestão de
profissionais especializados neste mercado e a com possibilidade de ter uma
carteira mais diversificada.
|