Trata-se de um tipo de fraude interessante e com muitas variantes. Alguns
fortes indícios deixam pensar que seja uma invenção dos mesmos senhores que
desenvolveram o esquema da "Carta da Nigéria".
Na prática um intermediário se aproxima da vítima contando que, em virtude de
uma operação que deu um problema, existe um dinheiro bloqueado num banco
internacional no exterior (muito usados nomes de bancos de primeira linha na
Alemanha, Inglaterra, Holanda e Canadá) do qual ele ficou sabendo graças a
contatos privilegiados no próprio banco. Em alguns casos este dinheiro estaria
(não se sabe porque, talvez homonímia) no próprio nome da vítima mas sujeito à
apresentação de vários documentos e várias outras exigências para liberação.
Em outros casos estaria no nome de uma empresa fantasma e precisaria ser
transferido para a vítima de maneira que o problema de liberação possa ser
resolvido. Apareceram casos em que o dinheiro seria uma herança ou doação em
nome da vítima, mas bloqueada por várias razões.
O intermediário se oferece para fornecer mais informações e ajudar a vítima a
tomar posse deste dinheiro. Isso obviamente em troca de uma substancial
percentual do suposto dinheiro a ser liberado (algo em torno de 50%).
Se cair nesta conversa a vítima vai ter acesso a uma montanha de falsos
documentos do próprio banco e de outras entidades confirmando os fundos
bloqueados (facilmente mais de 10 milhões de USD) no nome dele. Depois de muitos
"papéis", provavelmente alguém começará a pedir algum dinheiro para liberar
alguma coisa (procurações, ou para comprar alguém no banco, ou para conseguir um
documento de alguém, ou para pagar algum imposto etc...).
Se tratará de pouca coisa, provavelmente algo em torno de 5.000 USD, mas isso é
só o começo porque daí em diante chegarão outras exigências todas com um
"custinho" junto e, depois do primeiro "investimento", ninguém estará a fim de
perder o negócio e por isso a vítima continuará pagando até perceber que perdeu
tudo.