Assim como nos outros assuntos, mulheres e homens administram suas finanças
de maneira diferente. Afinal, os desafios não são os mesmos, já que as mulheres
costumam ganhar menos, viver mais e ter menos apetite para o risco.
Diante desta combinação, fica fácil entender porque o planejamento financeiro é
ainda mais importante para as pessoas do sexo feminino. E, por isso, é preciso
eliminar alguns erros que podem comprometer uma gestão adequada:
Acreditar que é preciso saber tudo
Sem sombra de dúvidas, a informação é um fator importante na hora de tomar
decisões sobre como utilizar o dinheiro. Por meio dela, as pessoas tendem a ser
mais racionais e menos emocionais.
No entanto, isso não significa que é preciso saber tudo sobre as coisas antes de
se decidir. Em muitos casos, acabamos postergando uma decisão financeira
importante, pelo simples fato de não estarmos seguros de que o tema já está
"dominado".
Nessas horas, é preciso avaliar se tanta cautela se justifica, ou se não vale
mais a pena procurar ajuda especializada e agir o quanto antes. Afinal, na hora
de investir, a inércia é a nossa maior inimiga!
Não elaborar um orçamento
Mesmo depois de casada, a mulher tende a ficar responsável pela administração do
orçamento familiar. Porém, isso nem sempre significa o estabelecimento de
mecanismos eficazes de controle ou planejamento financeiro.
Em geral, as mulheres têm uma boa noção de gastos individuais (como o valor
consumido no supermercado semanalmente). Entretanto, não costumam saber quanto
esse gasto representa no orçamento familiar.
Por isso, mesmo tendo o hábito de pechinchar e procurar as ofertas mais
atrativas, elas podem se surpreender com o controle mais eficiente dos gastos
(individuais e familiares) que a elaboração de um orçamento permite.
Não definir metas claras
É importante ressaltar que o planejamento financeiro não termina com a
elaboração de um orçamento, que é apenas uma ferramenta de trabalho. Lembre-se
também de rever alguns conceitos e hábitos de consumo e de definir metas.
Para tanto, escreva sua meta em um papel e desenvolva um plano de ação para
alcançá-la. Seja o mais preciso possível, pois só assim é possível controlar o
progresso.
Além disso, reveja periodicamente as metas e saiba que muitas mulheres acabam
tendo dificuldade para realizar seus sonhos por não definirem precisamente suas
metas financeiras.
Não se preparar para o inesperado
Perda do emprego, doença, separação, viuvez. Todas essas são situações que podem
alterar drasticamente a sua estabilidade financeira. Por isso, é preciso estar
preparada para elas.
E a melhor forma é construir uma reserva de emergência suficiente para cobrir as
despesas correntes por um período entre seis e nove meses. O uso consciente do
crédito também é importante nas situações de emergência.
Isso porque precisar de crédito e não ter acesso a ele é uma das situações mais
difíceis pela qual uma pessoa pode passar, principalmente numa situação difícil.
Não se envolver nas decisões financeiras da família
É bem verdade que, quando nos casamos, precisamos aprender a compartilhar
decisões. Apesar disso, muitas mulheres optam por não se envolver nas questões
financeiras, que geram a maior parte das controvérsias conjugais.
Porém, essa não é a estratégia correta, já que provavelmente você terá de
decidir algo sozinha em algum momento da vida. Desta forma, é importante se
manter atualizado e informado.
Comece se inteirando sobre a situação financeira do casal: data de vencimento
das contas, fluxo de caixa da família, patrimônio, capacidade de poupança
mensal, forma de acesso às contas e onde se encontram os documentos financeiros
importantes.
Além disso, estabeleça uma data para falar do assunto com seu marido, o que pode
ser um bom começo para uma relação financeiramente saudável.