Quem está empregado e sonha com o dia em que trabalhará por conta própria,
sem dar satisfação a ninguém sobre sua vida e o serviço realizado, deve observar
alguns aspectos antes de partir para o trabalho autônomo.
Claro que existem muitas vantagens, mas há também certos obstáculos, como as
irregularidades no orçamento, que podem emperrar sua vida financeira, caso não
esteja preparado para isso.
Como autônomo, você só recebe se trabalhar
Se você considera vantajosa a liberdade do autônomo, e vê nela seu objetivo de
vida, esteja atento a um aspecto importante: justamente pelo fato de não estar
formalmente vinculado a nenhuma empresa, o trabalhador só recebe remuneração
pelo serviço que prestar.
Para o autônomo não há pagamento de férias, descanso remunerado, 13o salário e
outras garantias asseguradas ao trabalhador pelo regime da CLT (Consolidação das
Leis do Trabalho), a não ser que se organize para isso.
Programe-se!
Por este motivo, o autônomo deve ser financeiramente controlado, a ponto de
programar sua remuneração extra ao longo do ano. Você, como trabalhador por
conta própria, pode sim desfrutar do seu merecido descanso, mas deve reservar,
ao longo do ano, uma quantia mensal que lhe assegure no período de férias um
valor equivalente ao seu salário.
Um exemplo: caso você receba, mensalmente, R$ 3 mil pela prestação de seus
serviços, deve guardar periodicamente uma quantia para poder programar suas
férias com a família no final do ano, ou uma espécie de 13o salário.
Um caso prático: se você guardar R$ 250, mês a mês, conseguirá, após 12 meses,
garantir uma remuneração extra, no mesmo valor da sua renda mensal.
A tarefa não é fácil, mas lhe permite uma certa segurança, caso necessite parar
de trabalhar, por algum motivo inesperado. O sacrifício de reduzir um orçamento
que já é apertado parece quase impossível. Mas faça o teste de reservar sempre
uma quantia, mínima que seja, para iniciar este planejamento. Você vai perceber
o efeito ao longo do tempo.