Carreira / Emprego - O que fazer quando profissional já esteve no topo e hoje precisa acatar ordens
Profissionais que já estão no topo se acostumaram a um alto padrão de vida, a
um certo status social e, principalmente, a dar ordens, tendo, quase sempre,
seus desejos atendidos. Agora, imagine se alguém que chegou lá perde sua
posição.
O mundo dá voltas, o mercado está traiçoeiro e a situação descrita é mais comum
do que imaginamos. Se aconteceu com você, então sabe do que estou falando.
Trata-se de um desastre tanto no quesito finanças quanto no lado psicológico.
De repente, esse profissional precisa acatar ordens, entender que nada mais será
feito do seu jeito e gastar menos, livrando-se daquilo que é desnecessário, como
aquele carro importado de que tanto gostava. A ordem passa a ser economizar.
"Esse profissional precisa entender os ciclos da vida. Ele pode ter dificuldade
de encontrar outra posição, uma vez que as empresas têm receio de contratar
pessoas que ocupavam cargos executivos ou tinham empresas, pois a percepção é de
que elas cobram muito", explica o coach Ricardo Melo.
Reestruturação
Se você perdeu o emprego ou sua empresa faliu, a primeira dica do coach é
avaliar seu nível de empregabilidade, mas, nessa hora, seja realista! Leve em
consideração sua idade, experiência, pretensão salarial e abrangência da rede de
contatos (que pode ser usada para conseguir o emprego novo).
Geralmente, profissionais com grande visibilidade no meio corporativo têm mais
chance de entrar em outra empresa, desde que tenham boa reputação como gestores.
São gerentes, supervisores, diretores e presidentes que obtiveram bons
resultados no passado.
Caso suas chances de conseguir uma colocação sejam baixas, não se preocupe em
manter as aparências e entenda, desde cedo, que continuar com o mesmo padrão de
vida não é o melhor a ser feito. O planejamento financeiro é muito importante,
para que não acabe afundado em dívidas. "Faça as escolhas financeiras segundo
seu nível de empregabilidade", recomenda Melo.
Ordens
Quanto à necessidade de acatar ordens, o importante, na avaliação do coach, é
trabalhar o ego. "O líder deve ter consciência de que tudo o que faz dentro da
empresa é parte de um papel que representa. Não é ele. O erro é acreditar que é,
de fato, aquela pessoa, pois, ao perder a posição, seu mundo irá desmoronar",
garante Melo.
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