Se você tem mais ou menos 40 anos, já tem muitas histórias para contar sobre
seu primeiro estágio ou emprego e muitas foram as dificuldades pelas quais
passou para chegar onde está.
Hoje, posicionado em sua carreira, você se depara algumas vezes com jovens
profissionais que perdem grandes chances no emprego pela falta de maturidade,
iniciativa, comprometimento ou senso de responsabilidade.
Choque de gerações
Nesta hora, por melhor que seja sua capacidade de adaptação, é praticamente
impossível deixar de comparar o seu comportamento nos "áureos" tempos de início
de carreira com o de seu estagiário. E como não se chocar com a diferença de
postura? Se lá atrás você tinha que suar a camisa para conseguir o mínimo, agora
este estagiário parece simplesmente não precisar da oportunidade.
É claro que não se trata de uma regra, mas o problema existe e se torna cada vez
mais freqüente nas empresas: jovens com um currículo exemplar (viagens ao
exterior, domínio de idiomas e cursos de especialização), porém imaturos e
despreparados para o mercado de trabalho.
Para quem tem filhos, fica o alerta: afinal, eles se tornarão profissionais um
dia. Sendo assim, por que não prepará-los para o futuro?
Educação vem do berço
Colocar seu filho em todos os cursos possíveis não lhe dará qualquer garantia de
resultados. Lembre-se que a base da formação, ou seja, a educação, vem mesmo do
"berço".
Isso significa que cabe aos pais a responsabilidade de transmitir valores, para
a construção de objetivos. Um exemplo: se você se mostrar condescendente em
tudo, o seu filho pode se tornar um "estudante profissional" por muito tempo,
fazendo anos de cursinho e vivendo depois pelos bancos das universidades...e com
o seu apoio financeiro!
Um bom currículo é importante, mas deve ser somado à atitude. Por isso, passe
desde cedo a importância de alguns conceitos, como da independência financeira,
realização e postura profissional, comprometimento, respeito e responsabilidade.
Evite também a superproteção. Tudo isso fará grande parte do trabalho!
Valorize o seu mini-empreendedor
É natural que seu filho mostre algumas habilidades e aptidões já nos primeiros
anos da escola. Valorize-as! Não é difícil você ter um futuro empreendedor em
casa e nem ter se dado conta.
Uma filha com habilidades manuais, por exemplo, pode começar a fazer pulseiras
para as amigas e familiares. Caso seja a vontade dela, invista neste objetivo:
seja com cursos ou apoiando-a na compra do material necessário ou na ampliação
da "carteira" de clientes, este pode ser o ponta-pé inicial de uma loja de
bijouterias!
Caso isso não aconteça, no mínimo sua filha aprendeu a valorizar e lidar com
dinheiro, negociar preços, vender e comprar, ter iniciativa e confiar mais em si
própria, o que é extremamente positivo. Aproveite as oportunidades e boa sorte!