Quem está na faculdade sonha em colocar em prática os conhecimentos
adquiridos, já preocupado em conseguir uma vaga de emprego no futuro. Entre os
estudantes, o termo "trabalhar de graça" pode ser considerado comum em algumas
áreas.
Porém, vale o alerta: antes de encarar uma oportunidade destas, pense bem a
respeito. A falta de experiência não justifica encarar tanto esforço a troco de
pouca coisa. Questione!
Atenção ao estágio
O termo estágio, infelizmente, ainda é encarado por algumas empresas como uma
forma bastante econômica de contratação. O fato de trabalhar de graça não é
exagero: em alguns locais a "bolsa-auxílio" não cobre sequer os gastos com o
transporte do estudante.
Sendo assim, cabe a você escolher o melhor. Opte por programas de estágio
realizados em parceria com a sua faculdade. Não acerte nada verbalmente: você
tem direito a um contrato: além de lhe oferecer certa segurança, comprovará, no
futuro, sua experiência profissional.
Qual é o trabalho?
Durante a conversa ou entrevista, pergunte exatamente qual será o seu trabalho.
Atento à baixa, ou nenhuma, remuneração, você deve avaliar bem o que irá fazer.
Caso contrário, do que valerá a experiência?
Peça um tempo para pensar. Não há mal algum nisso. Iniciar um novo emprego exige
comprometimento e, para isso, você tem que ter certeza sobre sua decisão.
E os estudos?
Verifique os horários e a forma de locomoção, considerando ainda o tempo que
ficará preso no trânsito. Tudo isso conta, e muito, para que você não sacrifique
a faculdade por algo que ainda não sabe se valerá tanto a pena.
Não prometa mais do que poderá cumprir. Informe à empresa suas reais
possibilidades de horário. Não dá para se comprometer em um estágio das 13h às
18h na avenida Paulista, se você estuda até as 12h30 em Santo André!
Ouça seus pais
Parece exagero, mas não é. O fato de você optar por trabalhar praticamente de
graça envolve seus pais na questão. Afinal, isto significa que eles terão que
bancar seus estudos e seus gastos extras por mais tempo.
Argumente sobre seus objetivos e perceba se terá o apoio necessário em casa. Do
contrário, fica com você a decisão de comprar ou não a briga, lembrando-lhe que
ainda depende deles financeiramente, e muito. Pense a respeito.