Finanças pessoais - Casamento e as finanças pessoais
Como é a sua relação financeira dentro do casamento? Conta conjunta ou conta
separada? Quem paga a luz, quem paga a empregada, quem paga a alimentação?
Queridos irmãos, vocês sabiam que um dos principais motivos de separações de
casais hoje é a questão financeira? Decidi escrever sobre este tema, pois tenho
acompanhado vários casais que solicitam minha ajuda na hora em que a situação já
está bem difícil.
O primeiro questionamento que recebo é o seguinte: “O que é melhor, conta
conjunta ou cada um com a sua conta?”. O casamento exige cumplicidade de ambos,
todas as coisas devem estar bem claras no relacionamento a dois e,
principalmente, a questão financeira do casal. Como as pessoas resolveram viver
juntas, debaixo do mesmo teto, acredito ser melhor ter o dinheiro debaixo do
mesmo teto, isto é, a conta conjunta.
Contudo, é de extrema importância que o casal tenha a definição dos objetivos
comuns da família e também os objetivos pessoais. Conheço casais que dividem as
contas da casa, por exemplo: o marido paga contas como água, luz, telefone,
prestação da casa e escola dos filhos. A mulher, o supermercado, as roupas para
a família e a faculdade. Já ouvi casos nos quais esta divisão causa problemas e
disputas do tipo: “Eu já paguei isto e você não pagou nada”. Já pensou em uma
pizzaria, o marido paga a metade e a mulher a outra metade?
Já fiz atendimentos a casais que nunca tinham conversado abertamente sobre
problemas financeiros após anos de casamento. Dois casos específicos quero
relatar a vocês. O primeiro, de um professor que tinha um bom salário para os
padrões brasileiros e a esposa não trabalhava fora. Ela sabia que a família
passava por dificuldades financeiras, mas o marido nunca havia exposto a
realidade para ela. No momento da conversa, fizemos um levantamento do orçamento
e das dívidas da família. A esposa nunca imaginou que a dívida e a situação
financeira da família estivesse tão ruim, pois era a primeira vez que o marido
havia colocado às claras a real situação financeira do lar. Isto não ajuda em
nada. O Marido estava estressado e buscando formas loucas de controlar o
orçamento e a esposa pensando que era apenas o cheque especial utilizado.
Outro caso é de uma secretária e um técnico em informática. Ela, com pequenas
dificuldades de controle das finanças, mas sabedora de suas obrigações; ele, uma
pessoa que gastava sem planejamento. Assim como o casal citado acima, este
também não parara para conversar abertamente sobre finanças. Este casal estava a
ponto de uma separação por problemas financeiros.
Vou citar ainda um outro caso só que de namorados. O rapaz era advogado, em
início de carreira, e havia recebido alguns bens de herança da família. Porém, o
rendimento mensal dele não era suficiente para manter o mesmo padrão de vida de
quando ele morava com os pais. Ele estava endividado, mas possuía alguns imóveis
que lhe geravam renda. A namorada dele trabalhava, porém, ele não queria mostrar
e nem falar para ela sobre os imóveis que possuía, pois temia que ela se casasse
com ele simplesmente por causa dos bens. Além disso, ele a levava para
restaurantes e passeios, gastava um dinheiro que não tinha e estava endividado
por conta disso.
Isso é viver de aparências... E tem muita gente vivendo assim atualmente. Mostra
para os outros uma coisa que não é. Depois que casa e entra para debaixo do
mesmo teto, as verdades começam a aparecer sendo motivos de problemas no
relacionamento.
A orientação que passo é que haja comunhão financeira entre o casal. É
necessário haver um planejamento antecipado das contas e, especialmente, com
definição clara dos objetivos comuns ao casal como casa, carro, viagens e também
objetivos pessoais como estudo, roupas, ajuda a familiares etc...
Um pouco de dinheiro no meio de uma família bem administrada, pode não trazer a
qualidade material que o marido e a esposa desejam, mas ter muito dinheiro e não
haver comunhão entre o casal, com certeza, vai trazer mais problemas para ambos.
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