Investimentos / Fundos - Obras de arte podem ser boa opção de investimento
Muito além das ações, poupança ou fundos de renda fixa. Investir é algo mais
diversificado do que se imagina e pode atingir, inclusive, o universo artístico.
Pelo menos para quem pensa a longo prazo.
Segundo o Diário do Comércio, periódico da Associação Comercial de São
Paulo, o negócio não é tão acessível a pequenos investidores, mas especialistas
dizem que os preços das obras de arte no Brasil tornam o segmento promissor em
termos de rentabilidade, principalmente por causa dos preços mais baixos.
E para que os ganhos sejam garantidos, a orientação que fica para os iniciantes
é que procurem profissionais capazes de oferecer boa orientação sobre trajetória
e estilo de cada artista e manutenção das obras.
Retorno que demora
Como tudo mais que se refere a dinheiro, para conseguir um bom retorno, antes de
qualquer coisa, é importante pesquisar. Conforme relatou ao periódico o
proprietário da galeria Escritório de Arte, James Lisboa, trabalhos de grandes
artistas brasileiros, como Tarsila do Amaral e Di Cavalcanti, custam até metade
dos valores de peças de estrangeiros.
No entanto, não basta apenas ter a obra. É preciso possuir também uma boa dose
de paciência. O leiloeiro Luiz Fernando Dutra, da galeria Dutra Leilões, afirma
que investir em arte não é como comprar ações. "O lucro pode vir em 10 ou 15
anos. O fator determinante para a valorização das obras é a lei da oferta e da
procura. Quem investe em arte deve ser paciente", explicou.
Quanto custa?
Mas a pergunta que fica e que é mais interessante para quem pensa em comprar
alguma coisa é o preço. O mercado de arte, contudo, não é acessível a todos.
"Para quem dispõe de menos recursos, uma boa dica é investir em artistas novos",
afirmou ao Diário do Comércio o consultor João Carlos Lopes dos Santos.
"Em alguns anos, as obras podem gerar bons lucros. Quem tiver R$ 10 mil para
investir pode comprar quadros de artistas emergentes." De acordo com ele, é
possível adquirir itens a partir de R$ 300 em leilões e feiras de antigüidade.
Risco
Avaliado o custo, é hora de pensar no risco. Para quem não conhece, os
principais problemas são errar na hora de avaliar uma obra e saber identificar
falsificações.
Para isso, além de consultores de arte, existem espécies de "cooperativas" de
especialistas, como é o caso do Clube de Colecionadores de Gravura do Museu de
Arte Moderna (MAM) de São Paulo.
Com uma ajudinha, quem tem dinheiro - e paciência - pode sair ganhando e ainda
aprender mais sobre o assunto.
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