Veja, eu particularmente não
sou contra o consumo em si. Como economista, eu tenho
inclusive a obrigação profissional de estimular o consumo e, através dele, o
crescimento da economia. Mas consumo é uma coisa, já consumismo é
bem outra. E o pior (ou melhor...) é que na maior parte das vezes a gente sabe
direitinho a diferença entre uma coisa e a outra.
Consumo é quando você
compra uma blusa nova, para combinar com aquela calça diferente que você acabou
de ganhar. Consumismo é quando você compra aquelas cinco blusas
novas, sabendo que já não tem mais lugar para guardar, e depois
acaba descobrindo, já em casa, que você tem outras
muito parecidas mofando lá no fundo do armário.
Consumo é comprar um
carro novo pelo prazer de dirigi-lo, e para substituir o antigo que já estava
ficando velhinho. Consumismo é comprar um carro só porque saiu o modelo
novo e o “antipático” do seu vizinho já tem um estacionado na garagem.
Consumo é quando você compra uma trufa de chocolate porque bateu aquela
vontadezinha; consumismo é quando você “detona” uma caixa inteira de
bombons porque brigou com o namorado e ficou deprimida.
Bem, se você se identificou com
qualquer uma dessas situações, provavelmente você está infectado pelo vírus do
consumismo. E qual o remédio? Antes de comprar e consumir qualquer
coisa, faça-se a pergunta: “Isso aqui realmente vai aumentar minha qualidade
de vida hoje, amanhã, ou depois?”
Se a resposta for não, tesoura nesse gasto! Seria puro consumismo, e
quanto antes ele for extirpado, melhor.