Filhos - Fique atento na hora de comprar o presente do Dia das Crianças
Dia da Criança é sinônimo de brinquedo - pelo menos para os
pequenos. Mas para não pôr em risco a segurança da garotada, os pais devem ficar
atentos à qualidade dos produtos no momento da compra. Um bom caminho é procurar
o selo do Inmetro.
"De acordo com a Associação Brasileira de Fabricantes de Brinquedos (Abrinq), o
número de acidentes ocorridos por causa de falhas nos brinquedos é inferior à
ocorrência de cinco por ano", explicou a engenheira responsável pelo projeto de
segurança de brinquedos do instituto, Milene Cleto Fonseca.
Brinquedo tem idade?
Seu filho tem três anos, é muito inteligente e já começa a se interessar por
quebra-cabeças mais complexos. Já sua sobrinha de 2 anos quer de qualquer
maneira um "ursinho" de pelúcia que tem três vezes o tamanho dela.
Você, comovido com a data, acaba por estimular a criatividade de seu filho e
fazer a vontade de sua sobrinha. Mas, antes de decidir qual produto comprar, é
necessário ficar atento à indicação de faixa etária do brinquedo. Assim,
evitam-se riscos, que podem até mesmo causar danos de saúde.
Segundo Milene, o Inmetro analisa diversas questões no momento em que vai
definir qual a faixa etária recomendada para o produto:
- De zero a 3 anos: são recomendados aqueles que não apresentam
partes pequenas, que possam ser engolidas;
- Até 5 anos: não são recomendados os que tenham vidro em sua
composição, pois nesta faixa de idade, a criança não tem discernimento para
lidar com o produto;
- Até 8 anos: não são recomendados brinquedos que apresentem jogos
químicos.
"O consumidor deve ficar atento ao comprar um brinquedo, pois a Marca da
Conformidade deve estar na embalagem, impressa na caixa do brinquedo, ou até
mesmo fixada ao próprio brinquedo, em etiquetas de pano, no caso de pelúcias e
similares", orientou a engenheira.
Ainda, segundo ela, pelúcias muito grandes podem sufocar crianças de até dois
anos: por isso, nada de dar o ursinho gigante à sua sobrinha.
Testes
Entre os principais testes feitos pelo Inmetro estão:
- Impacto/Queda: verifica o possível surgimento de partes pequenas,
partes cortantes, pontas agudas ou algum mecanismo interno que possam ser
acessíveis à criança;
- Mordida: analisa se a mordida gera partes pequenas e cortantes ou
pontas perigosas;
- Tração: vê se pode surgir no brinquedo uma ponta perigosa e se a
criança pode cair sobre ela;
- Químico: analisa a presença de metais pesados e nocivos à saúde;
- Inflamabilidade: verifica se há possibilidade do brinquedo entrar
em combustão caso a criança o manuseie próxima ao fogo;
- Ruídos: analisa se o nível de ruído está dentro dos limites
estabelecidos na legislação.
"Após aprovação do brinquedo em todos os ensaios aos quais é submetido, é
concedido então o Certificado de Conformidade e a Licença para uso da Marca de
Conformidade, que demonstra ao consumidor o atendimento do produto aos
requisitos de segurança", explicou Milene.
Selo falso
Brinquedo escolhido. Selo na caixa. É hora de pegar a carteira e fazer a
felicidade do pequeno, certo? Não. Ainda falta um detalhe.
Conforme Milene, o selo do Inmetro pode ser falsificado. Para evitar a compra de
produtos desse tipo, o consumidor precisa ficar atento e, ao constatar alguma
irregularidade, entrar em contato com a ouvidoria do instituto pelo telefone
0800-285.1818.
Mercado informal
A Fundação Procon de São Paulo, por sua vez, dá uma dica: apesar de mais
baratos, os consumidores devem evitar produtos do mercado informal. Isso porque
não há garantia de que eles estejam de acordo com as normas técnicas de
segurança, podendo colocar em risco a saúde e a segurança da criança.
Segundo Milene, o Inmetro não se responsabiliza por esses produtos.
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