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Empréstimo / Financiamento - Riscos: Armadilhas do crédito fácil 

Data: 30/05/2007

 
 

Quem costuma circular pela cidade já reparou. A oferta de crédito fácil está em anúncios do metrô, táxis e ônibus, e em folhetos distribuídos nas ruas. A propaganda também já invadiu jornais, televisão e rádio e são tantas as vantagens que aqueles que têm dívidas dificilmente conseguem resistir. Dinheiro em domicílio, liberação em cinco minutos e sem garantia, zero de burocracia. Quem não gostaria de fazer um empréstimo assim? Pois saiba que por trás de tanta cortesia pode se esconder uma verdadeira armadilha. O Procon de São Paulo, órgão de defesa do consumidor, está alertando as pessoas sobre o crédito fácil. Criou até uma cartilha sobre o assunto. É bom dar uma lida nessas dicas. Elas podem evitar que você se meta em problemas.

  • A primeira coisa a fazer é pesquisar, antes de tomar crédito na primeira financeira que oferecer as maiores facilidades. Ela pode cobrar taxas de juros astronômicas.
  • Uma pesquisa feita pela Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac) mostra que os juros das financeiras são os maiores do mercado – chegam a ficar entre 11% e 12% ao mês. Só para sua comparação: os bancos cobram cerca de 4% no empréstimo pessoal.
  • Desconfie das instituições que oferecem muitas facilidades. Informe-se no Banco Central (0800992345 ou pelo site www.bcb.gov.br) se a empresa está cadastrada e tem autorização para oferecer crédito.
  • No Procon ((11) 3824.0446) dá para verificar se existem reclamações contra a empresa.
  • Se decidir mesmo tomar o empréstimo, certifique-se que as parcelas não vão comprometer demais seu orçamento.
  • Também é aconselhável guardar todo o material de propaganda que a empresa lhe fornecer. Em caso de problemas, como cobranças indevidas, eles servem para mostrar que a instituição não está cumprindo o que prometeu.
  • Ao assinar o contrato, leia-o com atenção. Se tiver dúvidas, não assine. Recorra a um advogado ao a um órgão de defesa do consumidor.
  • Nunca deixe espaços em branco no contrato. Risque o que não for preenchido.
  • Não aceite nada que não estiver escrito. Não adianta nada fazer acordos verbais quando se mexe com dinheiro emprestado de instituições financeiras.
  • As financeiras costumam cobrar uma taxa de abertura de crédito (TAC). Verifique se essa cobrança já está incluída no financiamento ou será cobrada à parte. O mesmo vale para o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
  • Os contratos de financiamento podem ser pós ou pré-fixados. Nos contratos pré-fixados, o valor da prestação é sempre o mesmo. Nos contratos pós-fixados, o valor será atualizado pelo índice estabelecido no contrato.
  • Veja o valor da multa que as instituições cobram no caso de atraso de prestações. Às vezes a multa, os juros e outras comissões podem ser extorsivas. O Código do Consumidor determina que a multa não pode ser maior do que 2% do valor devido. Há caso de multa cujo valor é de 20%.
  • Sempre que assinar o contrato, guarde uma cópia. Ela é sua garantia.
  • Algumas empresas oferecem um seguro que garante o pagamento do saldo devedor em caso de morte ou invalidez. Observe se isso está sendo oferecido no seu caso e veja se lhe interessa fazer esse seguro.
  • Depois que você assinar o contrato, todos os valores que não forem pagos são caracterizados como descumprimento do mesmo e podem ser cobrados na Justiça pela empresa.
  • Quem deixa de pagar em dia as prestações pode ser incluído no cadastro de inadimplentes da Serasa e do SPC. Mas você deve ser notificado por escrito de que isso está acontecendo.
  • Em caso de atraso, lembre-se que nem sempre as empresas são obrigadas a renegociar sua dívida. Pode ficar a critério da empresa dar as condições para um novo acordo.
  • O contrato deve ser escrito de forma clara, para que a pessoa que está fazendo o empréstimo não tenha dúvidas.
  • O consumidor pode liquidar seu débito antecipadamente (total ou parcialmente) e terá direito a uma redução nos juros referentes ao período que está antecipando.
  • Nenhuma empresa pode se aproveitar da fragilidade do consumidor para lhe oferecer qualquer serviço ou vender-lhe produtos


 
Referência: Amcham Brasil
Aprenda mais !!!
Abaixo colocamos mais algumas dicas :

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