Investimentos / Fundos - Inércia é a maior inimiga dos seus investimentos
A perspectiva de dedicar algum tempo à organização de suas finanças pessoais
lhe causa pânico? Mesmo vendo que a maior parte dos seus amigos já organiza e
planeja suas finanças, você não consegue reunir as forças necessárias, e acaba
empurrando com a barriga algumas decisões importantes?
Você tem a impressão de que tudo aquilo que gostaria de ter ou poder fazer custa
mais do que você acredita ser capaz de acumular! Mas, não precisa ser assim!
Investir não é um "bicho de sete cabeças", basta que você abra a sua mente para
a idéia que, no final, pode até mesmo acabar se divertindo.
Inércia contraria regras básicas
Existem algumas regras básicas com relação ao investimento. A primeira delas
prevê que, quanto antes você começar a investir, melhor. Afinal, o seu dinheiro
terá mais tempo para render, fazendo seu patrimônio crescer.
A segunda, igualmente importante, é que, em investimento, a freqüência é mais
importante do que a quantia efetivamente aplicada.
Por mais simples que estas regras pareçam, você parece tê-las ignorado até
agora. Caso contrário, já teria começado a investir. Seus argumentos
provavelmente foram: "não consigo poupar", "a quantia que economizo não é
suficiente", etc. A inércia em começar a aplicar o dinheiro leva o investidor a
infringir estas duas regras.
Menos prazo para acumular
Em primeiro lugar, quanto mais você esperar para dar início aos seus
investimentos, mais estará reduzindo o prazo de acumulação da sua vida. Por
prazo de acumulação, entenda-se o período que você efetivamente pode poupar,
determinado como a diferença entre a data de início da sua vida profissional e a
data da sua aposentadoria.
Assumindo, portanto, que você começou a trabalhar aos 21 anos e pretende se
aposentar aos 65 anos, o seu prazo de acumulação é de 44 anos. Portanto, Quanto
mais tempo você esperar para começar a investir, menor será o seu prazo efetivo
de acumulação.
Mais esforço ou mais risco
A regra dois também foi ignorada, pois ela prevê que o mais importante não é
a quantia, mas a freqüência com que você investe. Ou seja, mais vale começar com
pouco, mesmo que seja apenas R$ 50 por mês, do que investir uma quantia maior
uma única vez!
Outra forma de ver a mesma coisa é pensar que, o fato de não ter poupado nada,
mesmo que pouco, por alguns anos, significa que, no futuro, terá que poupar
mais, ou incorrer mais riscos para compensar o que deixou de ganhar durante seus
anos de inércia.
Se há dez anos, quando começou a receber sua mesada, você tivesse guardado R$ 15
todos os meses na poupança, por exemplo, já teria acumulado cerca de R$ 3,5 mil.
Se contasse com este dinheiro para investir na poupança, hoje poderia em 12
meses acumular pouco menos de R$ 3,8 mil. Mas, se estiver começando agora, teria
que poupar ao menos R$ 305 por 12 meses para acumular a mesma quantia ao final
do período.
Por que esperar?
Poupando regularmente uma quantia pequena você acaba tendo que investir
menos para acumular uma mesma quantia. Vejamos o exemplo acima. Se tivesse
poupado R$ 15 por 120 meses, isso lhe custaria R$ 1,8 mil, e teria acumulado o
mesmo que se poupasse, por 12 meses, R$ 305, a um investimento total de quase R$
3,7 mil.
E é por isso que a inércia é a maior inimiga dos seus investimentos: porque
quanto mais tempo você espera, mais tem que se esforçar depois, para compensar o
tempo perdido. Se os números acima serviram para tirá-lo de sua inércia, agora é
preciso arregaçar as mangas e começar.
O primeiro passo é organizar suas finanças e identificar o quanto pode,
efetivamente, investir todos os meses. Com esta informação em mãos, faça amanhã
mesmo uma visita ao gerente do seu banco e peça aconselhamento sobre onde e como
investir. Juntos, vocês podem definir uma estratégia em linha com o seu objetivo
e efetivamente dar início a sua carreira como investidor. Boa sorte!
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