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                                                    Carreira / Emprego - Treinamento: é normal preferir fazer a ensinar? 
  
                                             
                                                    Quem trabalha sabe que, na prática, o assunto treinamento é um tanto 
controverso. Se, por um lado, há alguém ansioso por aprender, por outro há um 
profissional atolado de tarefas, que agora acabou acumulando mais uma: ensinar!
 Como resultado, a ansiedade é algo comum para as duas posições. Afinal, quando o 
recém-contratado estiver preparado, significará alguém para dividir as tarefas. 
Porém, enquanto o aprendizado não chega...o processo é um tanto complicado, 
principalmente nas pequenas empresas.
 
 Como fazer e ensinar?
 Quem realiza o treinamento, tem os ponteiros do relógio andando ainda mais 
rápido. Ou seja: mais tarefas para realizar, com os mesmos prazos a cumprir. 
Acumulando funções, este bravo profissional ainda ensina, corrige e, muitas 
vezes, refaz o trabalho alheio.
 
 No final do dia é natural a pergunta: devo me sentir culpado por preferir fazer 
a treinar? A resposta é "nem sempre". Tudo depende da situação.
 
 Primeiro se certifique de que você não está se recusando a ensinar, com medo de 
perder seu posto na empresa. Afinal, o grupo nem é tão grande, e a contratação 
de alguém pode lhe sugerir uma "ameaça". Neste caso, sendo um sinal de 
insegurança, você deve se corrigir o quanto antes.
 
 Já em casos em que você luta realmente contra o tempo, diante de tantas tarefas 
a realizar, pode mesmo estar certo!! Porém, lembre-se que ninguém aprende sem 
praticar. E outra: se coube a você esta tarefa, é sinal de que existe confiança 
em seu trabalho. Seu chefe não lhe pediria para ensinar alguém, se não cumprisse 
bem suas funções, certo?
 
 Postura de quem aprende
 A situação se torna bastante delicada se o "aprendiz" não colaborar. 
Colocando-se na posição de "estou em treinamento", ele pode se acomodar e 
permanecer eternamente nesta condição, prejudicando realmente quem o ensina.
 
 É preciso, portanto, uma boa dose de interesse, dinamismo e respeito pelo seu 
treinador. Se o procedimento já foi explicado uma, duas, três vezes, é hora de 
conversar francamente e colocar as cartas na mesa. Há disposição em assimilar, 
ou não?
 
 Cabe a quem ensina este acompanhamento bastante próximo, para poder avaliar a 
situação. Para funcionar, o treinamento precisa de método mas, principalmente, 
disposição de ambas as partes. Portanto, você, como treinador, deve ponderar se 
está sendo correspondido à altura, e se seu investimento de tempo e energia está 
valendo mesmo a pena.
 
 Junto ao público, situação é pior
 Quem já não vivenciou uma situação destas: você, morrendo de pressa, entra 
em uma supermercado e faz suas compras rapidinho. Ao chegar no caixa, vê logo o 
funcionário com o crachá "treinamento". A demora é inevitável.
 
 Neste caso, console-se! A situação de quem treina é ainda pior. Ver a fila 
crescendo diante de seus olhos, clientes reclamando, o novato suando em bicas, e 
quem ensina preferindo mil vezes "agarrar" o caixa e resolver a questão.
 
 O mesmo acontece em redes famosas de fast food, em lojas de departamento, 
livrarias e confecções. Portanto, conforme-se! Você não é o único a passar por 
apuros!
 
 
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