A seguir, veja algumas dicas que poderão ajudá-lo a tomar a melhor decisão,
afinal, não é todo dia que um dinheiro extra aparece na sua conta!
Dê preferência às dívidas e contas
Para quem estourou o limite do cheque especial, está pagando apenas o valor
mínimo da fatura do cartão de crédito ou emprestou dinheiro em uma financeira,
não há dúvida de que o melhor a fazer é usar a quantia recebida para tentar
reduzir o seu saldo devedor.
No caso do cheque e do cartão, este procedimento é fácil, pois se trata de
crédito rotativo e a quitação é automática. Porém, vale a pena tentar antecipar
o pagamento do crediário da sua TV, por exemplo. Lembre-se que o rendimento
bruto (antes de imposto) que irá receber ao investir seu dinheiro na renda fixa
(1,2% ao mês) é bem menor do que o que terá que pagar no crediário (ao redor de
6% ao mês). Sendo assim, não vale a pena investir e sacar todos os meses para
pagar as prestações.
Esta também deve ser a escolha de quem está atrasado com outros pagamentos,
mesmo que eles não incorram em juros, e exijam apenas o pagamento de multa. A
razão para isso é simples: se não pagar, você pode ter seu nome protestado, e
isso acaba tendo implicações no seu histórico de crédito.
Em outras palavras, mesmo que não atrase o pagamento da fatura do cartão, o
simples fato de ter seu nome sujo na praça pode levar a operadora a aumentar os
juros do seu crédito rotativo. Afinal, você passa a ser visto como um devedor de
maior risco, de forma que, quando precisar efetivamente usar o limite do cheque
ou do cartão, vai acabar se surpreendendo.
Renda fixa ainda é boa opção no curto prazo
Porém, se você não tem dívidas ou contas atrasadas, invista este dinheiro o
mais rápido possível. Caso contrário, corre o risco de acabar gastando tudo com
compras desnecessárias, perdendo, assim, uma boa oportunidade de fazer crescer o
seu pé-de-meia.
Como as alíquotas de IR são decrescentes com o prazo, é preciso pensar com calma
por quanto tempo você pretende deixar o dinheiro aplicado, antes de tomar a sua
decisão de investimento. De qualquer forma, você deve fazer de tudo para tentar
manter o dinheiro investido por ao menos 12 meses, pois a diferença no imposto
de renda de quem aplica por prazos inferiores é grande.
Caso você não queira correr muitos riscos, deve optar pelas aplicações em renda
fixa. Dada a quantia e a tendência de queda dos juros, os fundos de renda fixa e
os CDBs-Pré, assim como o investimento direto em títulos públicos pré-fixados
são as melhores opções para o pequeno investidor.
Disposto a correr riscos?
Quem está disposto a correr mais riscos, pois não se contenta com o retorno
pago na renda fixa, pode optar por investir em ações. Neste caso, porém, opte
pelos fundos de ações e não pelo investimento direto. Isso porque é preciso
diversificar, o que não é possível com a compra direta de ações, já que a
quantia a ser paga é muito pequena para se montar uma carteira. Investir em um
único papel não é recomendável.
Mas, lembre-se que, para investir em ações, você precisa estar preparado para
este tipo de aplicação, cujo valor pode mudar de maneira drástica, de um dia
para o outro. O segredo aqui é manter a calma e investir por um prazo mais longo
(pelo menos 18 meses), pois aí você consegue escolher o momento certo da venda.
Caso contrário, se você precisar sacar no curto prazo, pode ser forçado a vender
com perdas, mesmo sabendo que a queda é temporária.
Além do retorno médio, que tende a ser maior no longo prazo, o investimento em
ações é interessante, pois goza de um tratamento fiscal mais vantajoso que a
renda fixa. Não bastasse a isenção do pagamento da CPMF, a alíquota de IR é
menor, de 15%, independente do prazo da aplicação. Finalmente, imposto você só
paga quando vende as ações, e não a cada seis meses, como acontece na renda fixa