Na hora de vender o carro, decidir quanto ele vale pode ser uma tarefa bem
difícil, afinal, as tabelas de referência de preço – Fipe e Molicar – sempre
apresentam um valor que costuma ser menor do que o consumidor tem em mente.
De acordo com a Agência AutoInforme, as tabelas de preços elaboradas por
institutos de pesquisa servem, ou pelo menos deveriam servir, como referência ao
consumidor e não podem ser usadas como uma camisa de força para as partes
envolvidas na negociação.
Segundo a Agência, trata-se da média de preço encontrada naquela semana e não
o preço real do automóvel.
Para chegar à média, a pesquisa detecta um ponto acima, outro ponto abaixo,
divide, pondera quando for o caso, e divide por dois. De acordo com a Agência, o
resultado é um número que não existe, por isso, o preço médio do carro em uma
cotação de preços pode valer qualquer coisa, menos aquele valor.
Precificação
De acordo com a explicação feita pela Agência, se um carro teve queda de 5%,
com certeza, o dono deste veículo não encontrará um carro que ficou 5% mais
barato, mas provavelmente um que desvalorizou 3% e outro que teve queda de preço
de 8%.
Além disso, se o veículo é bem equipado, certamente ele valerá mais do que o
mesmo carro sem equipamentos. Tudo é levado em consideração: a aparência, a
quilometragem rodada, o cuidado ou o descuido que o dono tem com o carro, a
necessidade do vendedor, tudo isso influencia no preço final, até mesmo a
questão da oferta e procura.
Caso o veículo seja raro, ele poderá valer pouco, se não há quem o queira
comprar, e muito, se for encontrado o comprador.
A variação de preço é grande, dependendo do modelo. Um carro popular ou um
carro com muita oferta no mercado certamente terá uma depreciação menor. Já um
carro grande, importado de luxo ou um carro com pequena participação no mercado
terá maior depreciação.