Uma equipe desmotivada dificilmente alcança as metas estabelecidas. Na
maioria das vezes, a ineficiência dos funcionários é resultado direto da má
atuação do líder do grupo. O antigerente é um profissional despreparado para
ocupar cargos de liderança, que prejudica o rendimento da equipe com suas
atitudes.
O mau líder não aproveita o potencial de seus colaboradores nem reconhece
seus defeitos e qualidades como gestor. Víctor Martínez, CEO da Thomas Brasil e
especialista em treinamentos comportamentais, analisa os principais erros do
antigerente e aponta o caminho para uma gestão eficiente.
A principal falha do antigerente é a falta de autoconhecimento.
Primeiramente, o profissional deve capacitar-se para exercer o cargo de
liderança, considerando as capacidades técnicas e comportamentais necessárias
para a função;
O bom líder conhece seu perfil gerencial, busca sempre desenvolver
potenciais e aperfeiçoar pontos fracos;
O antigerente não conhece sua equipe e dá um tratamento uniforme a todos os
membros do grupo. Uma liderança eficiente exige um profundo conhecimento do
perfil comportamental de cada indivíduo, para que se possa obter todo o
potencial dos colaboradores, valorizando seus pontos fortes e trabalhando as
dificuldades;
O bom gestor conhece as características comportamentais exigidas em cada
cargo e distribui as tarefas de acordo com os perfis dos membros de sua equipe;
Em cargos de liderança, os excessos sempre são prejudiciais. Um líder muito
compreensivo, por exemplo, pode acabar acomodando os profissionais que chefia. É
importante encontrar um equilíbrio e entender que o papel de um gestor é motivar
a sua equipe, mas também discipliná-la;
Ao contratar novos profissionais, o antigerente baseia sua escolha em
critérios subjetivos e acaba selecionando candidatos que não têm as
características comportamentais necessárias para a função. Critérios como
afinidade podem ser considerados na escolha de um candidato, mas não devem ser
determinantes.