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Carreira / Emprego - Carreira: veja as implicações de se alcançar uma posição estratégica 

Data: 01/09/2011

 
 

Ao elaborar um plano de carreira, muitos profissionais colocam como meta chegar ao topo. O desejo em questão é ser o mais bem sucedido possível, o que na maioria das vezes significa, basicamente, dirigir uma empresa. Essa posição, porém, marcada por seu aspecto estratégico, vai exigir muito.

Para quem almeja uma colocação estratégica, ou seja, um cargo de direção ou presidência, deve ter consciência que as exigências e o comportamento nesses cargos serão bem diferentes dos cargos intermediários, como gerência e coordenação.

De acordo com o consultor empresarial da Caput Consultoria, Wellington Moreira, a maior diferença será voltar o foco do trabalho no planejamento e elaboração das estratégicas, o que significa, resumidamente, definir para onde a empresa vai. Assim, o foco do profissional vai deixar de ser exclusivamente a execução.

Curto, médio e longo prazo
Antes de mais nada, é interessante compreender que os cargos profissionais podem ser classificados como operacionais, táticos e estratégicos. No primeiro caso, usualmente representado pelos analistas, a visão é de curto-prazo, o que significa que a maior preocupação do indivíduo é com a entrega do seu trabalho.

Os níveis táticos, um passo acima dos operacionais, que são bem representados pelos gerentes, são aqueles que requerem a habilidade de enxergar no médio prazo. Apesar do profissional, aqui, olhar mais longe, seu trabalho também é focado na execução, “os níveis táticos e operacionais são executores e não definidores”, pontua Moreira.

Os profissionais que chegam ao nível estratégico, portanto, não mais são executores, passando a ser os planejadores. Sua visão será de longo prazo, acumulando a responsabilidade primordial de definir os passos da empresa.

Papel estratégico versus visão estratégica
Moreira ainda alerta que é importante o profissional ter clara a diferença entre ‘papel estratégico’ e ‘visão estratégica’. Papel estratégico é estar em um cargo no qual será responsável por definir para onde a empresa vai, ou seja, na prática, quer dizer que está na função de diretor ou presidente.

Já a visão estratégica é uma das competências mais importantes que os profissionais devem desenvolver ao longo de sua carreira. Profissionais que possuem visão estratégica têm a capacidade de antecipar tendências, perceber oportunidades, descobrir nichos e reinventar formas de trabalhar.

A visão estratégica independe do cargo do indivíduo e, para qualquer um que queria prosperar, ela será fundamental.

Como se desenvolver
Ao longo da carreira, em cada posição que o profissional alcançar, haverá um curso que será melhor aproveitado. Moreira esclarece, por exemplo, que na posição de gerência, um MBA (Master Business Administration) será uma ótima escolha, já que é focado em oferecer ferramentas de execução, papel fundamental neste nível de desenvolvimento.

Para os cargos mais estratégicos, o mestrado e o doutorado serão muito bem aproveitados já que, ao dar uma visão mais abrangente sobre determinado tema, ajudam a pensar e, consequentemente, a planejar melhor o futuro da companhia.

Além de cursos, o profissional deve prestar atenção a outros elementos. Moreira avalia que é fundamental que o profissional conviva com pessoas estratégicas. Seja no trabalho, se aproximando do seu chefe, ou mesmo na vida pessoal. Um analista que convive apenas com outros analistas, terá mais dificuldade de desenvolver uma visão mais global, observa Moreira.

Não se iluda
Se, por um lado, ao conquistar uma posição de direção haverá reconhecimento profissional e um salário extremamente interessante - “a remuneração será compatível com as responsabilidades”, afirma Moreira -, a cobrança será intensa, serão muitas horas de dedicação todos os dias e, diversas vezes, será necessário abdicar do convívio familiar.

Não se esqueça também que, nessas posições, também, a rotatividade é muito maior, já que as decisões afetam de forma muito mais direta a empresa.



 
Referência: InfoMoney
Autor: Equipe InfoMoney
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