Na hora de comprar um carro, seja ele zero quilômetro, seja usado, é
necessário estar atento a alguns fatores. É indiscutível que o primeiro ponto a
ser considerado é o gosto.
"O gosto pessoal não se discute", afirmou o professor e coordenador em
Engenharia Mecânica Automobilística da FEI (Fundação Educacional Inaciana),
Edson Esteves. De acordo com ele, se a pessoa não tiver restrições financeiras,
"ela paga pela satisfação", pois o carro será como ela quer.
Além do gosto, se você quer um carro, você deve pensar nos seguintes pontos:
Tipo de utilização: ou seja, você deve pensar por que você quer
comprar um carro, se é para viajar, trabalhar, para a família, somente para
você, se você quer um carro mais potente, mais econômico etc. Esse item vale
tanto para carro usado quanto para um zero quilômetro.
Preço do veícullo: Esteves alerta que as despesas com o carro zero são
mais elevadas, pois há o licenciamento e os tributos são mais caros. Já os
veículos usados já vem licenciados e têm impostos mais baixos.
Valor do seguro e franquia: para o mecânico profissional Pedro Luiz
Scopino, o seguro e a franquia devem ser considerados na hora de comprar um
carro, tanto zero quilômetro quanto usado. Segundo ele, há casos em que o seguro
é caro e a franquia é barata ou em que o seguro é barato, mas a franquia cara.
Por esses motivos, Scopino recomenda que esses valores sejam pesquisados.
Desvalorização de mercado em um ano: ha hora de comprar um carro zero, o
comprador tem de ter consciência de que o carro já não terá o mesmo valor pago
inicialmente, pois sofrerá depreciação. Ainda considerando a desvalorização do
carro, a cor é um fator importante, pois, quanto mais extravagante a cor do
veículo, mais desvalorizado ele fica. Segundo o professor da FEI, as cores mais
valorizadas são prata e preto.
Economia: nesse item não está incluído somente o combustível. Quando se
trata de economia, deve-se levar em consideração a manutenção do carro, por
exemplo: se o carro é de fácil manutenção, se há facilidade em encontrar as
peças, a duração delas, entre outros fatores.
Potência do veículo: Esteves também explica, quando se trata da potência
do veículo, que o comprador tem de pensar que, dependendo do que o carro
contiver, o desempenho dele será afetado. Por exemplo, se um carro 2.0 tiver ar
condicionado, o desempenho dele será mais baixo do que o de um carro 1.8 que não
tenha ar.
Acessórios incluídos: Esteves e Scopino concordam que o veículo é mais
valorizado quando os itens vêm de fábrica. O professor da FEI explica que,
quando a parte elétrica do veículo sofre alterações que não são de fábrica, o
proprietário passa a ser o responsável, caso haja algum defeito. Quando comprar
um carro usado, é recomendável que seja com itens originais de fábrica.
Tratando somente de carros usados, os compradores devem considerar os seguintes
pontos:
Opinião do mecânico de confiança:: segundo Scopino, o mecânico é capaz
de identificar problemas nos carros que poderiam passar despercebidos pelos
proprietários dos veículos, além de poder identificar possíveis fraudes, como na
quilometragem.
Procedência: Scopino ainda ressalta que é importante o comprador saber a
procedência do veículo: quem foi o último dono e como ele cuidava do carro.
Manual do proprietário: na hora da compra, é importante que, no caso do
carro usado, ele venha com o manual do proprietário, pois é nele que constarão
todas as revisões pelas quais o veículo passou. Além disso, no manual também
consta qual a quilometragem rodada do veículo na última revisão, o que pode
evitar golpes de quilometragem adulterada.