Os chefes que desenvolvem papel de gestor na base da justiça, ou seja,
recompensando ou punido, dependendo do que a situação exigir, foram considerados
menos poderosos do que aqueles mais severos.
Se por um lado a conclusão do estudo realizado pela Harvard Business Review,
mostra que os chefes mais ‘linha dura’ também são vistos como mais poderosos,
por outro, a coach e consultora de gestão de carreira e imagem Waleska Farias
afirma que esse tipo de estratégia nem sempre é a mais sustentável.
“A premissa básica do líder é desenvolver e recompensar sua equipe”, afirma
Waleska, explicando que o verdadeiro gestor é aquele que entende e reconhece os
pontos fortes e fracos de cada um dos colaboradores que trabalham com ele.
Liderança customizada
Segundo Waleska os gestores precisam saber o que cada um faz, o que cada um
quer e ainda o que cada um representa para a equipe. Só assim ele poderá exercer
efetivamente sua liderança, já que poderá desenvolver um trabalho muito mais
focado.
Na prática, o líder que conhece seus colaboradores tem muito mais facilidade
na própria prática de liderança, já que sabe quais são os melhores funcionários
para determinado projeto, ou seja, quais são aqueles que têm mais facilidade com
um ou outro assunto.
Essa também é a chave para reter os talentos dentro da empresa. Segundo
Waleska, é muito comum profissionais considerados excelentes serem mal
reconhecidos ou até mesmo demitidos, porque o chefe insiste em passar uma tarefa
que não é seu forte. O bom gestor consegue identificar o maior talento de cada
profissional e, com isso, alocá-lo melhor na empresa.
Essa postura é positiva tanto para a empresa, que não perde o talento, quanto
para o profissional, que trabalha mais motivado em uma função que realmente se
encaixa e serve para aquilo.
“Reconhecimento vem da admiração”
Para Waleska, as pessoas já não estão mais dispostas a trabalhar com chefes
que se colocam na base do grito e da bronca. “Tem gente que prefere ganhar
menos, mas ser reconhecido e recompensado”, avalia a coach. Um líder pode até
impor seu poder, por estar em uma posição superior, mas ele não será reconhecido
positivamente, já que o modelo de gestão que adota não inspira admiração".
Para ser efetivamente reconhecido pelos colaboradores, é preciso que o líder
seja primeiro admirado. Para isso, ele precisa saber lidar com as pessoas, e,
acima de tudo, se preocupar em desenvolvê-las.