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Carreira / Emprego - Chefes também devem ser um pouco maus, revela pesquisa 

Data: 05/04/2011

 
 

Ter um chefe arrogante, dramático, inflexível e narcisista pode ser considerado um pesadelo para a maioria dos profissionais. Entretanto, um estudo realizado pela Universidade de Nebraska e publicado pelo periódico The Leadership Quartely revela que estas características não são tão negativas quanto parecem.

“Mae West disse que quando ela é boa, ela é boa. Mas quando ela é má, ela é ainda melhor. Optamos por investigar características do chamado 'lado escuro'. Seria possível que eles podem ser benéficos em alguns contextos? Para alguns deles, verifica-se que a resposta foi afirmativa”, explica o professor ajunto de Administração da Universidade e autor do estudo, Peter Harms.

Para chegar aos resultados, os pesquisadores avaliaram durante três anos o desenvolvimento de 900 cadetes da Academia Militar dos EUA.

Resultados
O estudo indicou que ser cético em excesso pode ser ruim para o profissional, mas ser cauteloso ou hesitante foi associado ao maior desempenho e desenvolvimento de habilidades de liderança ao longo dos anos. Os dados indicam também que ser narcisista e dramático também pode ter reflexo positivo no desenvolvimento da liderança.

“Por si só, esses traços têm efeitos relativamente pequenos, mas quando agregados, eles desempenham um papel importante na determinação de quais cadetes desenvolveram habilidades de liderança”, disse Harms.

Sem exageros
Apesar de ajudar no desenvolvimento da liderança, o pesquisador ressalta que estas características em excesso não tornam a pessoa um grande líder.

Como exemplo, a pesquisa cita o narcisismo que ocorre durante uma entrevista de emprego. Neste momento, o chefe narcisista demonstra segurança e autoconfiança. Mas, em exagero, esta característica de se colocar à frente dos outros pode levar ao atrito com os outros colegas.

O estudo afirma ainda que as descobertas realizadas podem ser usadas para adaptar os programas de treinamento de executivos e programas de liderança. “As organizações devem tomar essas características em conta na tomada de decisões relativas à formação e promoção”, finaliza Harms.



 
Referência: InfoMoney
Autor: Karla Santana Mamona
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