Quem quer ter bom rendimento no trabalho deve ficar atento ao que coloca na
boca. Isso porque, segundo explica a nutricionista e diretora do Sinesp
(Sindicato dos Nutricionistas de São Paulo), Renata Azevedo, a alimentação é
peça-chave no rendimento profissional.
A falta de consumo de alimentos por um período superior a quatro horas
durante o dia, por exemplo, pode ocasionar problemas com as funções cognitivas,
como falhas na memória, baixa concentração ou atenção.
Já a ingestão de alimentos pesados, como carnes muito gordas, feijoada,
frituras, massas recheadas acompanhadas de molhos fortes, doces concentrados,
entre outros, pode diminuir o rendimento e a concentração, além de aumentar o
cansaço e a sonolência, por conta do maior gasto energético exigido pelo
processo digestivo.
O que faz bem?
Ainda de acordo com a nutricionista, a alimentação equilibrada e variada é a
maior aliada do bom rendimento no trabalho.
No cardápio, diz ela, no geral, o profissional deve incluir carboidratos,
como arroz, pães – sobretudo integrais; proteínas, como carnes magras, frango e
peixe; produtos lácteos, como leite e iogurte; além de azeite de oliva, frutas,
legumes, verduras e muita água.
Para as frutas, orienta Renata, o indicado são três porções diárias, ou seja,
três frutas diferentes por dia. O consumo de frituras deve ser restrito a uma
vez por semana; e, no que diz respeito ao famoso cafezinho, explica, este deve
ser consumido com moderação (no máximo quatro xícaras de 50 ml por dia), podendo
ser substituído pelo chá verde.
Quer combater o estresse?
A nutricionista lembra ainda que a alimentação pode ser uma aliada no
combate de um problema muito comum aos profissionais modernos: o estresse.
Frutas, como banana e abacate, e chocolate ajudam a liberar um hormônio
chamado serotonina, que, por sua vez, é responsável pela sensação de prazer.
Outras boas opções, mas que devem ser adotadas de forma moderada, são as
castanhas, nozes e amêndoas.
“Quanto ao chocolate, cuidado: ao mesmo tempo que é aliado, ele é vilão",
explicou a nutricionista, em referência às calorias que ele possui. "Os meio
amargos ou totalmente amargos são benéficos ao corpo, auxiliam no sistema
cardíaco, além de possuírem menos calorias”.