Investimentos / Fundos - Gestão ativa x passiva: o que são, para quem são indicadas e quais os riscos?
O mercado de ações permite aos investidores dois tipos de gestão, a ativa e a
passiva, mas muitas pessoas não sabem o que é cada uma delas.
De acordo com o planejador financeiro Jurandir Macedo, a gestão ativa é aquela
que tenta descobrir quando o mercado está errado, ou melhor, quando uma ação
está barata ou cara.
“Se quiser fazer a gestão ativa, o investidor pode recorrer a dois tipos de
sistema para operar: a análise fundamentalista, que tenta olhar os números
passados da empresa para projetar os números futuros, ou a análise gráfica. Nas
duas, você tenta descobrir os erros do mercado e ganhar acima da média”,
explicou.
Já a gestão passiva, que deriva das finanças modernas, diz que a melhor forma de
operar no mercado é comprando de forma constante, independentemente das
variações do mercado.
“É uma carteira diversificada, em que você não tenta descobrir qual a melhor
ação. Você compra uma carteira que seja próxima do índice médio de mercado, por
exemplo o Ibovespa [Índice da Bolsa de Valores de São Paulo]. Essa é a gestão
passiva, que a maior parte dos investidores, fundos de pensão, usa”, disse.
Indicação
Para a maioria dos investidores, Macedo indica a gestão passiva, que é
separar um pouco do salário e comprar ações todos os meses, sem se preocupar se
o mercado está em alta ou em baixa. O aplicador pode ainda comprar ETFs
(Exchange Traded Funds), fundos que seguem índices e que são negociados na bolsa
de valores.
“Para aquelas pessoas que não querem estar muito tempo ligadas ao mercado, a
gestão passiva é melhor. A gestão ativa é mais divertida para quem gosta de
operar”, indicou Macedo.
No caso da gestão ativa, no entanto, ele explicou que existem muitos
investidores que acreditam ter a capacidade de ganhar mais do que o mercado.
“Indico que eles sejam honestos com eles mesmos e vejam se conseguem ganhar
acima do mercado”, recomendou.
Isso porque o risco da gestão ativa é de a pessoa simplesmente errar, acreditar
que uma ação está barata, por exemplo, e comprá-la na esperança de alta, o que
pode não se concretizar. “O preço de uma ação é o consenso do mercado, é aquele
preço exato que quem quer vender e comprar se encontra. Se eu acho que está
barato, porque o mercado não viu? O risco da gestão ativa é esse”.
Já o risco da gestão passiva, em sua opinião, é o da pessoa ser muito passiva.
“Quando uma empresa começa a ter problema, cair muito, tem de tirar ela na
carteira. Precisa dar uma olhada na carteira sempre”, finalizou.
Referência:
InfoMoney
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Autor:
Flávia Furlan Nunes
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