Carreira / Emprego - Emergentes têm as melhores oportunidades de trabalho, dizem executivos
Executivos de todo o mundo consideram, predominantemente, as economias em
desenvolvimento mais favoráveis e com mais oportunidades para se trabalhar, em
detrimento das desenvolvidas, como a dos Estados Unidos, da Europa ou do Japão,
revelou o Executive Quiz do Instituto Korn/Ferry, que, desta vez, focou nas
percepções sobre oportunidades em carreira internacional dos atuais líderes de
negócios.
Entre os entrevistados, 64% apontam os países do BRIC (sigla para o Brasil, a
Rússia, a Índia e a China) como os que possuem as melhores oportunidades de
crescimento profissional. No caso dos EUA, esse percentual é de 22%. Apenas 9%
escolheram economias como a da Europa Ocidental e a do Japão.
A pesquisa foi realizada com executivos registrados no Executive Center online
do Korn/Ferry, ekornferry.com. Entrevistados de mais de 70 países, representando
um amplo espectro da indústria e áreas funcionais, participaram deste Executive
Quiz realizado entre julho e agosto de 2008.
Mudando de país
De acordo com os resultados, 61% dos entrevistados afirmaram que já receberam
oferta internacional de trabalho e, entre eles, 83% se mudariam de seu país de
origem para aceitar uma oportunidade para sua carreira.
E não é só isso. No momento da escolha, a economia não afetaria a decisão de
aceitar uma oferta de trabalho no exterior em 63% dos casos, enquanto 22% dos
entrevistados disseram ser mais provável aceitar o convite se o seu país
estivesse vivendo um cenário de desaceleração econômica.
Na realidade, a principal barreira para aceitar um convite internacional é a
família (62%), seguida pelo idioma (13%), dificuldades de retorno ao país de
origem (8%), segurança (5%), custo (5%) e padrão de vida (4%).
Para 83%, oportunidades internacionais têm o potencial de acelerar o próprio
crescimento profissional. Oitenta e dois por cento disseram que aceitariam um
trabalho de um ano ou mais, sendo que 24% estariam dispostos a ficar mais de
cinco anos. Apenas 12% dos entrevistados disseram não aceitar uma posição
internacional por qualquer período de tempo.
"Os líderes de hoje precisam estar atentos e ter conhecimento sobre as
tendências mais marcantes, sobre a economia e a cultura dos mercados
internacionais, para seu crescimento profissional", afirma Sérgio Averbach,
presidente da Korn/Ferry no Brasil. "O encantamento pelos mercados emergentes
apresenta oportunidades significativas em um momento de grandes mudanças. Os
resultados de nossa pesquisa demonstram como os executivos estão propensos à
mobilidade, que é cada vez mais um pré-requisito para o executivo de alta
direção em empresas globais, bem como em empresas brasileiras em processo de
internacionalização".
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