Sobrou uma graninha no final do mês e você não sabe onde investir? É bom
ficar atento para não se antecipar e fazer um negócio que só vai trazer dor de
cabeça no futuro. Muita coisa mudou desde o início do ano. Os juros estão em
alta. As ações estão caindo. E no primeiro semestre o melhor rendimento foi do
ouro, que se valorizou 19,52%.
Antes de definir qual a aplicação que será escolhida, é importante prestar
atenção em alguns detalhes. A professora de economia monetária da Univille Jani
Floriano explica que é preciso ter claro qual o volume de dinheiro que será
aplicado, para qual finalidade o dinheiro será destinado e quanto tempo ele pode
ficar parado. “A poupança é uma boa opção porque não há tributação, taxas e o
dinheiro pode ser resgatado quando a pessoa quiser”, diz. Para ela, é
interessante aplicar na caderneta quem tem até R$ 3 mil.
O agente financeiro Eduardo Pantoja Albo recomenda que se o investidor tiver
planos de utilizar o dinheiro em um tempo menor que 12 meses deve optar por
aplicações renda fixa. “Dentro da renda fixa, se ele precisa de liquidez
imediata, a melhor opção é a poupança. Depois disso, pode migrar para o CDB –
liquidez quase imediata – ou os títulos públicos”, diz.
Albo diz que o grande trunfo de quem aplica na caderneta de poupança é que
esta é isenta do Imposto de Renda ou de taxas de administração.
Segundo ele, quem pensa em partir para o mercado de ações já pode começar com
R$ 1 mil. “Este investidor pode optar por um clube ou fundo de investimentos,
pois os custos das taxas são divididos”.
Para não errar na hora da escolha é importante seguir algumas dicas, como
colocar na balança o quanto você tolera de risco e investir em fundos que tenham
uma política adequada ao seu perfil. Optar por um fundo apenas porque está
rendendo mais pode não ser uma boa escolha. Além disso, trace a estratégia antes
de fazer a opção, assim você vai evitar trocar de uma aplicação para a outra e o
pagamento de impostos desnecessários.