O processo de expansão das redes sociais no Brasil reitera a necessidade de
se buscar profissionais que dominem essas mídias, na tarefa de estreitar o
relacionamento entre as empresas e seus públicos.
Um profissional que saiba lidar com as novas tecnologias e, em especial, que
tenha habilidade em comunicação já está há algum tempo na mira das companhias
que planejam ter sucesso na web.
Erra quem pensa que o perfil procurado é de um jovem acostumado apenas a
navegar por sites e redes de conteúdo. O que, na verdade, muitas empresas
buscam, é alguém que saiba lidar com situações adversas e que tenha capacidade
de pensar estrategicamente no mundo on-line.
“Nesse sentido, esse indivíduo deve ter uma formação capaz de lidar com a
técnica e principalmente ter visão da sociedade e estratégias de Marketing bem
definidas. O entendimento com situações de crise é muito importante nesses
casos", afirma a professora da Veris Faculdades, instituição do grupo Ibmec,
Maria José da Costa Oliveira.
Não apenas um técnico
Entender o mundo das redes sociais requer muito mais do que técnica, mas
sobretudo compreensão para analisar os cenários da web. A professora sustenta
que este profissional deve possuir uma vasta base humanística, que contribua na
utilização adequada dessas novas mídias. Tudo isso sem nunca perder de vista o
olhar da sociedade.
Para o coordenador de redes sociais da TV1, Tiago Cordeiro, quanto mais
interessado e comunicativo for o profissional, melhor avaliado ele será pela
companhia. "Ele tem de ser um profissional muito curioso, daí a grande razão em
termos muitos colaboradores de comunicação. Na teoria, redes sociais deveriam
ser técnicas, mas não são", afirma.
Outro ponto levantado por Cordeiro diz respeito à versatilidade. Segundo o
coordenador da TV1, o profissional que executa tarefas diversas tem chances de
se dar melhor na profissão. Cordeiro, por exemplo, divide seu tempo entre mapear
o que acontece na internet, se relacionar com o público, produzir conteúdo e ir
atrás dos principais usuários da rede, conhecidos como "influenciadores de
opinião".
A importância
Na opinião dos dois profissionais, o movimento acelerado de expansão das
redes sociais é algo que não tem mais volta. Significa que a empresa que não se
adaptar a esse meio estará sujeita a "hibernar".
"Com as redes, as companhias ganham visibilidade e consolidam a sua marca.
Hoje, as pessoas não querem só receber informações, mas sim interagir com as
empresas, que devem contar com uma percepção apurada de criar e participar desse
universo on-line", classifica Maria José.