Imóveis - Sistema de proteção contra descargas atmosféricas - SPDA
Fenômeno natural que sempre impôs temor ao homem, tanto pelo ruído do trovão
quanto pelas destruições que causa, o raio inspirou lendas e crenças, muitas das
quais permanecem vivas até hoje.
A engenharia em contrapartida, com base na tecnologia e em registros de sua
incidência, tem estabelecido regras e normas, que diminuem os riscos à vida e ao
patrimônio.
Com isso, a proteção contra descargas atmosféricas passou a ser exigência de
códigos de obras e de companhias de seguros. É o caso da Norma Brasileira
NBR5419/93, com prescrições para defender vários tipos de edifícios,
classificando-os pelo tipo de ocupação, pelo material de construção, pela
localização e topografia, como pelo pára-raios a ser instalado.
Todo sistema de pára-raios deve estar devidamente aterrado e facilitar a medição
de resistência de terra (através de caixas de inspeção no solo – último subsolo
para prédios – para acesso às hastes de cobre cravadas na terra, que estão
interligadas aos cabos do pára-raios).
Inspeções obrigatórias.
1. Inspeção visual anual de todos os componentes do SPDA, para verificar
se estão em bom estado, as conexões firmes e livres de corrosão;
2. Inspeções periódicas completas de acordo com a Norma, em intervalos de:
a) cinco anos para estruturas destinadas a fins residenciais, comerciais,
administrativas, agrícolas e industriais, excetuando-se as áreas
classificadas como de risco de incêndio ou explosão;
b) Três anos para estruturas destinadas a grandes concentrações públicas,
como hospitais, escolas, teatro, cinema, estádio esportivo, shopping center,
pavilhões e outros., indústrias contendo áreas com risco de explosão,
conforme NBR 9518, e depósito de material inflamável;
c) Um ano para estruturas contendo munições ou explosivos
Nota: Em locais expostos à corrosão severa, o intervalo entre as inspeções deve
ser adequadamente reduzido.
Na fase de projeto do SPDA, deverá ser feita a resiatividade do solo de uma
determinada área e o procedimento padronizado pela ABNT, é o método de Wenner.
Baseado nestes resultados, o projetista definirá o melhor sistema de aterramento
para o SPDA. O aterramento dos pára-raios deverá ser integrado ao aterramento
das instalações elétricas para constituírem um sistema único de proteção
equipotencial.
Houve um período em que eram exigidos pára-raios radiativos, encontrados ainda
em algumas instalações. O uso desses pára-raios, devido ao perigo de
contaminação por radioatividade, foi proibido pela Comissão Nacional de Energia
Nuclear (CNEN) há vários anos. Todos os pára-raios desse tipo deveriam ser
retirados, conforme regras estabelecidas pelo órgão competente, e recolhidos a
entidades devidamente credenciadas.
|