Assim como nosso corpo precisa, de tempos em tempos, de uma avaliação geral
para checar se está tudo bem, nosso planejamento financeiro também precisa
passar por um check-up de vez em quando.
Rever metas, checar gastos, conferir receitas...enfim, é importante avaliar a
saúde do seu bolso para evitar que, de repente, seu orçamento entre em um
colapso e precise de uma intervenção ainda mais drástica.
Mas como é possível fazer um check-up das finanças? Por onde começar?
Diagnóstico
Para manter a saúde das finanças pessoais, são necessárias algumas avaliações,
que darão o diagnóstico do orçamento e, se necessário, a receita para eventuais
mudanças. Confira!
1 – Receitas e despesas: o primeiro passo para avaliar a saúde das
finanças é conferir a planilha de orçamento mensal. As despesas estão adequadas
às receitas? Sobra salário no final do mês ou sobra mês no final do salário? É
importante fazer esses cálculos para avaliar a necessidade de corte de gastos ou
a capacidade de poupar ainda mais.
2 – Mapa das despesas: para que a planilha de orçamento fique ainda
mais clara, divida os gastos por categoria (habitação, saúde, educação,
transporte, lazer etc.) e verifique o peso de cada categoria em sua receita.
Dessa forma, é possível verificar quais os gastos que pesam mais no orçamento e
pensar em cortes, caso necessário. Vale lembrar que os pesos de cada categoria
no orçamento tendem a mudar de acordo com a idade da pessoa. Os mais jovens, por
exemplo, gastam mais com educação e lazer, enquanto que, para as pessoas mais
velhas, os gastos com saúde pesam mais.
3 – O peso das dívidas: avalie a parcela de sua renda que está
comprometida com financiamentos e dívidas. Neste caso, considere a parcela do
carro, da casa, as dívidas com cartão de crédito, cheque especial e até cheques
pré-datados. A dica de consultores financeiros é que, no máximo, 30% da renda
esteja comprometida desta forma, para que o resto do orçamento não seja
prejudicado.
4 – Avaliação patrimonial: faça uma relação de bens e investimentos e
avalie cada um deles, considerando valor atual, retorno estimado e até o grau de
liquidez, caso seja necessário se desfazer de alguma aplicação financeira ou bem
em uma emergência.
5 – Reserva de emergência: esteja preparado financeiramente para
imprevistos. O ideal é ter um fundo de emergência que seja suficiente para arcar
com suas despesas por um período de três a seis meses – alguns especialistas
mais conservadores falam até em dez meses. Para iniciar essa reserva, estabeleça
um valor de poupança mensal – 10% do salário, por exemplo – e guarde-o assim que
receber. Nunca deixe para o final do mês para ver se sobra, pois, normalmente,
nunca sobra.
6 – Trace metas: estabeleça objetivos, como comprar um carro, casa,
pagar os estudos etc., e ajuste o seu orçamento em função desses objetivos. Um
jovem de 25 anos certamente terá objetivos diferentes de uma pessoa de 50 anos,
por isso, reveja estas metas de tempos em tempos, pois elas também podem mudar
com o passar do tempo.
7 – Crie uma rotina de planejamento: de olho em todas as dicas
anteriores, crie uma rotina para manter seu planejamento em ordem. Anote todos
os gastos (inclusive os mais insignificantes), acompanhe extratos bancários e
fatura de cartão, pague contas em dia (para evitar juros e multas) e prepare-se
para imprevistos e emergências financeiras. Por dificuldades todos passam, o
importante é estar pronto para encará-las da melhor maneira possível, para que
problemas não acabem com seus planos e objetivos futuros.