Em um ambiente profissional, o líder é o indivíduo dotado de
responsabilidades como a delegação de ordens e o comando do planejamento de uma
equipe, mas ele pode apresentar sintomas tóxicos.
Entre eles, estão a punição para os erros de seus comandados, a arrogância, a
instabilidade emocional e a imprudência, que podem gerar conflitos dentro do
ambiente corporativo.
Fujam, lá vem o nosso líder!
“Para o líder tóxico, a preocupação com os resultados justifica o
desrespeito às pessoas, que se manifesta no tom de voz, nas palavras utilizadas,
na postura invasiva e na incapacidade de desenvolver sua equipe”, afirma a
professora da Fundação Vanzolini, Vera Martins.
De acordo com Vera, a dinâmica estabelecida por esse indivíduo nocivo é
baseada no medo, com atitudes como ameaças de demissão, desqualificação pública
de algum funcionário e humilhação.
Ele também não leva em consideração as opiniões dos subordinados, fazendo-os
sentirem-se rejeitados. Suas ordens não podem ser questionadas. Existe a crença
de que será respeitado se estimular a baixa autoestima e criar dor emocional nos
colaboradores.
“Essa crença estimula na equipe o estado de alerta “lute ou fuja”, provocando
estresse emocional no ambiente de trabalho, e consequentemente, reduzindo a
produtividade e trazendo prejuízos para as empresas”, avalia Vera.
Salvem o ambiente tóxico!
Quem faz uso de uma comunicação agressiva, que denigre a imagem dos
funcionários e torna o ambiente de trabalho uma “fogueira”, previamente estará
na mira do alto escalão da empresa. Entretanto, como modificar os paradigmas que
regem esse indivíduo?
“Essa mudança de comportamento exige do profissional uma disposição para sair
da zona de conforto e coragem para correr riscos na adoção de novos credos e
comportamentos. Do lado da empresa, exige-se paciência, firmeza e confiança para
promover esse investimento”, explica Vera.
Para a professora, esse trabalho pode ser feito por meio de um treinamento em
liderança assertiva e, se preciso, um processo de coaching.
A partir daí, o líder será impulsionado a descobrir os talentos e desenvolver
as competências essenciais da sua equipe. Frente a esse processo, caberá a ele
caminhar totalmente sintonizado com a missão e os objetivos estratégicos da
organização, com o olhar firme e crítico nos resultados que devem ser atingidos.
A transformação
Líderes com foco em resultados, mas sem perder de vista o cuidado com as
pessoas. Essa é a base da liderança assertiva, qualidade cada vez mais
valorizada pelas empresas.
Vera sustenta que esse modelo de profissional trará maior rentabilidade à
corporação. “A empresa ganha porque a assertividade na liderança reduz as
tensões entre as pessoas e acelera a solução de problemas. Os clientes também
saem beneficiados, pois a assertividade tem impacto direto na qualidade final do
produto ou dos serviços prestados, em razão do clima organizacional ético,
focado em resultados”.
Quanto aos conflitos, que continuarão a existir, a professora pondera. “O
conflito origina-se da diversidade, e a diferença enriquece os relacionamentos,
assim, eu diria que os conflitos não devem ser reduzidos e sim bem
administrados”.
Por conta desse novo estilo empregado, os problemas de comunicação e
relacionamento serão minimizados, já que uma das chaves indutoras desse
indivíduo será a atribuição de feedbacks eficazes e educação.