Nascidos a partir de meados dos anos 90, os ainda meninos e meninas da
Geração Z são críticos, característica que pode revelar boas ideias e projetos.
Mas também são impacientes e convivem com a constante mudança de opinião diante
dos fatos do mundo.
A principal diferença dos "Zs", frente às outras gerações, é a facilidade de
operar qualquer advento tecnológico, por mais complexo que ele seja. Esse fator
é o que os torna mais avançados em relação à tecnologia e a novos conceitos dos
produtos.
No entanto, essa geração – chamada também de Silenciosa – pode ser definida
como aquela que tende ao egocentrismo, preocupando-se somente consigo na maioria
das vezes.
Em cerca de dois anos, eles já terão invadido o mercado de trabalho. Porém,
como lidar com esses novos "cidadãos", sem antes conhecê-los?
Prazer, eu faço parte da Geração Z!
Entre os fatores que influenciam estes jovens, estão o puro conceito de
globalização e a velocidade de informações. Para eles, é impossível imaginar um
mundo sem internet, telefones celulares, computadores, iPods, videogames,
televisores e vídeos em alta definição.
“Suas características são latentes: eles não se preocupam com os outros e
fogem do tradicional espírito de equipe. Basta ter algum aparelho que eles já
estão satisfeitos”, afirma o consultor de empresas Gilberto Wiesel.
Para ele, a Geração Z não quer conversar verbalmente – uma vez que
desenvolveram a linguagem da comunicação via internet -, não vislumbra uma
carreira profissional e muito menos despende muito tempo com os estudos. Segundo
especialistas mais radicais, explica Wiesel, poderá haver uma “escassez” de
médicos e cientistas no mundo pós-2020.
Esses jovens funcionam a curto prazo, pois procuram rápidos resultados e
buscam a experimentação precoce das situações, avalia o consultor.
Um consumo diferente
“Eles não se preocupam com marcas, mas sim com os benefícios que elas podem
trazer”. A afirmação de Wiesel corresponde às exigências do mundo atual.
Segundo o consultor, esses jovens enfatizam a questão de sustentabilidade,
não porque pensam no futuro do planeta, mas sim porque avaliam as condições dos
próximos anos para si mesmos.
“Ao receberem um beneficio, esses garotos irão avaliá-lo de maneira
diferente, colocando sempre no topo seus interesses pessoais, e não um valor
possivelmente agregado”, diz Wiesel.
Diferentemente da Geração Y, imediatamente anterior, a Z não sente-se atraída
em resolver problemas com a ajuda dos outros. Preferem a solução por si
próprios, sem levar preocupação a terceiros. Para eles, basta a satisfação
pessoal, independentemente do que aconteça à sua volta.
Entrada para o mercado
Wiesel sustenta que a Geração Z trará inovação em muitas áreas
profissionais. “Essa geração está vindo e as empresas devem estar preparadas
para isso. Eles forçarão uma mudança de olhar na área corporativa”.
Associada a essas mudanças, estão as questões de liderança, motivação e,
principalmente, do ambiente na organização. Para esses jovens, a hierarquia não
é bem vista.
Outra tendência levantada pelo consultor refere-se à predileção em trabalhar
de casa. “Predomina a comodidade, o recuo em relação ao trabalho de equipe e
principalmente a questão individual, de trabalhar sozinho”, explica Wiesel.
"Nesses casos, eles irão render muito mais e trabalhar com muito entusiasmo".
Fato consumado é que em cerca de dois anos o mercado de trabalho já estará
respirando as aspirações da Geração Z.