É comum ouvir profissionais comentarem sobre os seus chefes. Muitas vezes,
essa conversa tem o tom de reclamação, porque consideram o líder estressado ou
até mesmo grosso. E a convivência entre essas pessoas nem sempre é tranquila.
O consultor de Recursos Humanos do Grupo Soma, Antenor Toledo, explica que
nesses casos, é necessário entender o motivo que causa esse estresse.
“Na verdade, temos duas vertentes nessa situação: a primeira é que o estresse
ou grosseria tenha sido ocasionado em alguma situação isolada. A segunda é que
essa característica pode ser decorrente entre todos os chefes, o que acaba sendo
cultura da empresa”, afirma.
Toledo acrescenta ainda que o estresse pode ter sido provocado até mesmo pelo
próprio profissional, que não tem o desempenho desejado pela chefia.
Como lidar essa situação
Ao identificar os fatores que causam estresse no chefe, é mais fácil
driblar essa situação. No primeiro caso, citado pelo consultor, a dica é que o
profissional procure conversar com o superior.
“É aconselhável dar um feedback ao chefe. Dizer o que não agradou”, aconselha
Toledo.
Já no segundo caso, como o estresse faz parte do perfil da empresa, é difícil
que haja mudança de comportamento. Por causa da cultura organizacional, as
pessoas não querem expor sua opinião. Mas, se o profissional for o responsável
pelo comportamento do chefe, é melhor mudar de atitude, até mesmo para não
perder o emprego.
Clima desmotivador
Trabalhar em clima de estresse ou grosseria pode ser prejudicial para a
empresa. Diante dessa situação, Toledo explica que cada profissional age de uma
forma, mas em geral as pessoas ficam desmotivadas.
Indiferentemente do efeito que o estresse causa no ambiente de trabalho, a
dica do consultor é que o profissional mantenha distância da situação. “A pessoa
não pode entrar no mesmo clima que gera o estresse, senão vira um círculo
vicioso. O profissional deve se policiar”, finaliza Toledo.