Em busca de melhores condições socioeconômicas, muitos brasileiros acabam
optando por trabalhar no exterior. Entretanto, o sonho de prosperar em terras
alheias pode virar pesadelo, caso não sejam tomados alguns cuidados.
De acordo com a gerente de Trabalho e Estágios no exterior da CI, Gisele
Mainardi, para evitar problemas que vão desde empregos em empresas ilegais até
tráfico de pessoas, é necessário que o candidato desconfie de vagas que oferecem
ganhos e benefícios exagerados e prefira ser contratado por intermédio de
agências conhecidas.
“É muito difícil uma pessoa sozinha aqui no Brasil conseguir verificar a
idoneidade da empresa contratante em outro país. Por isso, o melhor a fazer é
procurar uma agência conhecida, que tem parceiros em outros países e meios de
apurar a legalidade do empregador”, diz.
Internet
Ainda assim, Gisele orienta aos candidatos a uma vaga de trabalho no exterior
que peçam referências da empresa que os está contratando, pesquise na internet
sobre a mesma e a região em que esta se localiza.
Pedir indicações de pessoas que já participaram de programas naquela
companhia e utilizar as redes sociais para se informar também são atitudes
importantes, na opinião dela.
“Eu não oriento as pessoas a buscarem emprego por meio da rede, mas
utilizá-la para checar informações é interessante”.
Desconfie
Além de desconfiar de promessas com ganhos exorbitantes, a gerente alerta ainda
para os casos de agências que dizem não cobrar pela intermediação e de empregos
que não exigem pelo menos nível intermediário do idioma.
“Em muitos casos, não precisa ter fluência, mas não exigir ao menos nível
intermediário não é comum”, diz.
Para conseguir um bom trabalho
No mais, de acordo com especialistas, quem quer trabalhar fora do País em
melhores condições do que as habituais deve investir em especialização.
Geralmente, em alguns países, as pessoas têm uma boa formação e, para não ocupar
cargos operacionais, os estrangeiros devem se aperfeiçoar na carreira escolhida,
em níveis muito maiores do que os exigidos no Brasil, por exemplo.
Isto acontece por conta da desvantagem de não serem nativos e, por isso,
podem não conhecer a língua por completo. Neste caso, para compensar, o ideal é
que tenha uma boa formação técnica.