Carreira / Emprego - Segundo idioma é fundamental para quem quer ter sucesso profissional
Pesquisa aponta que quanto maior o nível do cargo, maior o conhecimento do
idioma.Com um mercado cada vez mais competitivo, onde o profissional deve
procurar estar mais qualificado para ganhar espaço dentro das empresas, falar um
segundo idioma se tornou fundamental para quem quer “alçar vôos” maiores na
carreira. Dependendo da corporação, o domínio de outra língua já não é mais um
diferencial, mas sim pré-requisito.
Fábia Barros, gerente do Grupo Foco, especializada em gestão pessoal, afirma que
mesmo que a empresa não seja uma multinacional, o mundo globalizado exige o
domínio de outro idioma para os profissionais. “A utilização de um segundo
idioma será fundamental, por exemplo, para agregar conhecimento na carreira com
matérias e revistas que tragam conteúdo em outras línguas, cursos, novos
clientes e fornecedores, e até a possibilidade da abrangência internacional da
empresa”, complementa.
A gerente de novos negócios da Companhia de Idiomas, Paula Faria, relata que,
ainda hoje, o inglês é o idioma mais procurado, seguido do espanhol, entre os
profissionais brasileiros. “Em nossa empresa, observamos predominância do inglês
em cerca de 70 a 80% das solicitações, seguido do espanhol, que corresponde a
aproximadamente 15%. Em outros casos, temos procura para outros idiomas, como o
russo ou o mandarim, para preparar funcionários para uma expatriação. No
entanto, essa tendência ainda é muito pequena”.
No entanto, a pesquisa “A Contratação, Demissão e Carreira dos Executivos
Brasileiros”, realizada pela Catho Online com mais de 16 mil profissionais e
executivos de diversos setores, mostra que somente 24,5% dos entrevistados falam
fluentemente o inglês, com alguns erros, ou falam e escrevem corretamente.
A pesquisa mostra ainda que, quanto maior o nível do cargo, maior o conhecimento
do idioma. Além disso, a porcentagem de profissionais com proficiência na língua
aumenta em multinacionais: 13,6% deles falam e escrevem corretamente, enquanto
apenas 5,5% dos profissionais de empresas nacionais possuem essa facilidade.
Saber o inglês e até dominar um terceiro idioma, no entanto, não é o fator de
maior relevância na hora da contratação. A mesma pesquisa relata que em uma
escala de 1 a 17, a fluência em outro idioma aparece em 15º lugar no critério de
importância no processo de seleção.
Fábia Barros relata que a escolha do profissional depende do perfil
pré-determinado pelo requisitante. “Mesmo em multinacionais existem
oportunidades para quem não fala inglês. Quanto às características importantes,
acredito que o perfil do profissional deve se adequar à cultura e valores da
empresa, bem como as expectativas pessoais versus o que a empresa tem a
oferecer. Visto que hoje em dia, o processo seletivo adequado acontece nas duas
frentes: tanto a empresa quanto o profissional selecionam”.
Está na hora de começar
Paula Faria, da Companhia de Idiomas, relata, ainda, que o melhor momento para
aprender um novo idioma é quando se é mais jovem. “Adultos e crianças aprendem
de formas bastante diferentes. A criança tem maior facilidade e agilidade para
aprender. Além disso, quanto mais jovem, menos influência da língua mãe na
pronúncia o ser humano apresenta”.
Mas, Paula Faria diz que a premissa ‘Nunca é tarde para começar’ é valida para
os mais experientes que querem iniciar outro idioma. “Para o adulto, cada novo
aprendizado é uma pequena conquista. A sensação de sucesso experienciada por ele
em uma situação de comunicação em língua estrangeira supera qualquer desafio que
esse aprendizado lhe imponha”.
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