Trabalhando no mínimo oito horas por dia em uma empresa, a convivência com
outros funcionários é inevitável, e, apesar de alguns desentendimentos serem
normais, também é comum que profissionais desenvolvam laços de amizade. O
problema é que, muitas vezes, essa relação se desfaz com a saída de um deles da
empresa.
Isso porque, ao seguir um caminho diferente, muitos profissionais acabam não
mantendo contato com ex-colegas, embora a atitude possa trazer grandes
benefícios para a carreira. Segundo o especialista em carreira e presidente da
Curriculum.com.br, Marcelo Abrileri, a rede de contatos é usada a toda hora por
uma pessoa, e não se pode menosprezá-la.
"Quando você passa por uma empresa, você constrói amizades e relacionamentos. É
bom conservá-los, porque pode ser útil amanhã. Mas tem de estar sempre
cultivando, não se pode procurar o ex-colega somente quando está desempregado",
afirma.
Como manter o contato?
Porém, na correria do dia-a-dia fica difícil encontrar tempo até mesmo para
falar com aqueles amigos de infância, o que dizer dos ex-colegas? O consultor
considera que o contato pessoal é sim o mais importante, mas lembra que as
pessoas também têm à disposição o telefone, o e-mail e as redes sociais.
"Nem sempre é possível manter o contato pessoal, e nesse caso a internet é
válida. Mas tem de tomar cuidado com o tempo que se gasta com isso", explica.
Segundo Abrileri, é necessário encontrar um equilíbrio no tempo gasto com os
contatos. "Não se pode direcionar muito tempo, ao ponto de deixar os deveres de
lado, mas também não pode deixar largado. O networking deve fazer parte do
dia-a-dia do profissional", diz.
O consultor lembra que manter esse contato é importante tanto para aquele
momento em que se está procurando um novo emprego quanto para o momento em que
se está numa empresa que precisa de uma pessoa para exercer determinada função.
"O profissional pode indicar pessoas para a função, porque já viu ela
trabalhando e sabe se é competente", afirma.