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Investimentos / Fundos - Da fantasia à realidade: como investir pensando na aposentadoria dos sonhos? 

Data: 28/07/2009

 
 

Passados todos os danos provocados pela crise financeira nos portfólios de aposentadoria, fica a dúvida sobre se vale a pena continuar investindo em renda variável para garantir a tão sonhada tranqüilidade orçamentária no futuro.

A duras penas, investidores antigos aprenderam nos últimos dois anos que tomaram muito risco quando formavam posições. Parte desta euforia deve-se a uma reação natural frente o bull market anterior a 2007 - sempre é mais fácil esquecer o quão perigosa uma ação pode ser quando não há correções do mercado.

Em meio à discussão, o analista Dan Caplinger escreveu artigo no portal de investimentos Motley Fool no qual delineia três comportamentos para a criação de um portfólio focado para uma aposentadoria saudável.

Aposentados necessitam de ações
À luz das perdas no último ano, muitos desenharam conclusões erradas sobre a queda, ao defender a não alocação de recursos em ações. "Este é o porquê: a maior ameaça para os aposentados que vivem com renda fixa é a erosão de seu poder de compra motivada pela inflação", completa o autor, de olho nos preços.

Nesse sentido, investimentos mais conservadores, como títulos e certificados de depósito em bancos, além de pagarem baixos retornos não protegem o investidor caso a inflação desperte. Dada a renda constante e sem crescimento, a escalada dos preços reduz o padrão de vida dos aposentados.

Em contrapartida, certos tipos de corporações podem se beneficiar quando a inflação existe. "Se as produtoras de bens de consumo podem elevar os preços em resposta à inflação, elas preservarão suas margens de lucro mesmo quando seus custos internos aumentarem", completa Caplinger, citando ainda ações correlacionadas ao mercado de commodities, que também são agraciadas pelo aumento dos preços das matérias-primas.

Você não pode prever quando um bull market existirá
Em toda séria histórica dos mercados, diferentes tipos de investimentos mostraram padrões cíclicos, do máximo ao mínimo. Contudo, prever qual ação será a bola da vez em qualquer ano, seja no bull ou seja no bear, é praticamente impossível. Como evidência, Caplinger cita a surpresa positiva nas ações de companhias oriundas dos mercados emergentes neste ano, que, na sua maioria, acumulam valorização superior ao índice S&P 500.

Partindo do pressuposto de que não há clarividência quando se investe, o autor do artigo ressalta a alocação constante do portfólio em diferentes setores da economia, a fim de assegurar de que o investidor esteja "comprado" independentemente do setor que estiver naquela hora como protagonista.

Tenha um colchão
"Mais do que tudo, a quebra dos mercados acionários lembrou aos aposentados o quão valioso um colchão de dinheiro pode ser", discorre Caplinger, ao ressaltar a importância de deter uma reserva. Apesar das taxas estratosféricas praticadas pelos bancos e pela não atratividade de deixar dinheiro parado na conta quando os ralis aparecem, o custo de oportunidade de não precisar vender ações quando elas caem prepondera.

Nas linhas finais, o autor do artigo destaca que o melhor caminho para balancear todos os riscos de uma aposentadoria é deter investimentos diversificados. "Combinado com um bom colchão de dinheiro, um portfólio forte ajudará a sair de baixas e garantirá a aposentadoria dos sonhos", conclui Caplinger.



 
Referência: InfoMoney
Autor: Equipe InfoMoney
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