Na rotina de trabalho, o profissional sempre tem de lidar com prazos.
Entretanto, algumas vezes, esse tempo parece curto demais. Diante deste cenário,
o que fazer?
"O profissional precisa ter o discernimento de tempo que a tarefa irá precisar
para poder se organizar. Se essa tarefa envolve outras pessoas, é necessário
calcular um tempo para que essas pessoas entreguem a sua parte", ressalta a
consultora de Recursos Humanos do Grupo Soma, Jane Souza. Isso é algo que deve
ser conversado com o líder, no momento em que a tarefa for dada.
E quando se está no meio do caminho? Jane alerta que, se o projeto tem um prazo
de um mês e faltam 15 dias para o término, mas o profissional percebeu que ele
praticamente "não andou", é hora de tentar negociar outro prazo com o líder e
não deixar para fazer isso faltando dois dias.
Motivos
Muitas pessoas podem entender que não entregar as tarefas em dia é um sinal de
incompetência ou incapacidade, mas isso não é verdade. Na opinião de Jane,
fatores como a ansiedade, a complexividade da tarefa e o perfeccionismo ao
extremo podem atrasar a conclusão de projetos ou atividades solicitadas pelo
líder.
"Às vezes, o profissional tem muita dificuldade com cálculos e esses são
essenciais para sua tarefa. Logo, ele levará mais tempo para executá-la. Outro
problema é a ansiedade. Além disso, o perfeccionismo ao extremo também é
prejudicial. Por exemplo, o funcionário faz dez vezes a mesma coisa e perde
tempo em uma mesma tarefa".
Ainda existe a falta de capacidade do profissional de dizer o que é prioridade.
Fique atento a isso!
Para driblar esses problemas, a consultora aconselha que o profissional calcule
o tipo de dificuldade que ele terá para executar a tarefa. "É preciso analisar
etapa por etapa do projeto".
Interpretação do líder
Segundo a consultora, quando um determinado funcionário não consegue entregar
suas tarefas no prazo estipulado, o líder pode entender que ele não sabe
administrar o seu tempo ou que tem dificuldade no desenvolvimento dessas
atividades.
"O líder pode pensar que esse profissional está fazendo coisas de menor
importância, como passando um maior tempo ao telefone, por exemplo. Com o passar
do tempo - e também devido a outros fatores, como a questão comportamental -, o
gestor pode pedir a transferência do funcionário para outro setor da empresa ou
até mesmo demitir o funcionário", disse Jane.
Se a pessoa notar que não está conseguindo desenvolver o seu trabalho, mas que
em outro setor da empresa ela poderia conseguir, Jane diz que é válido conversar
com o líder imediato ou com o departamento de Recursos Humanos para mudar de
função.