Ter um dinheiro a mais no final do ano ou no início é o sonho dos
profissionais. Mas, para a maioria, isso já é bastante comum com a chamada PLR
(Participação nos Lucros e Resultados). Entretanto, será que essa medida motiva
os funcionários da empresa?
Na opinião do consultor do Idort- SP, Laércio Garrido, um funcionário se motiva,
principalmente, se ele percebe o impacto do seu desempenho na empresa. "Uma
Participação nos Lucros e Resultados ideal seria aquela que as suas metas fiquem
próximas do funcionário. Assim, cada departamento da empresa teria a sua meta.
Dessa forma, com uma meta mensurável de acordo com cada setor da companhia o
funcionário luta para alcançar o resultado".
Garrido lembra que o dinheiro conseguido por meio da PLR também é um fator de
motivação profissional, mas é temporário. "Uns 15 dias depois que o funcionário
recebe, ele já estará se programando para o próximo".
Motivação
Para o especialista em gestão estratégica de pessoas e diretor-geral da Laerte
Cordeiro Consultores em Recursos Humanos, Laerte Leite Cordeiro, a participação
nos lucros enseja maior satisfação das necessidades materiais das pessoas e é
sempre indutora de motivação para atuação profissional.
"Mesmo um percentual baixo pode ser motivador para os profissionais que
trabalham na empresa. O que não pode é dar uma participação nos lucros que
disfarce um nível salarial incompatível com o mercado. Não adianta pagar
salários baixos e dar uma participação nos lucros", destaca Cordeiro.
Tanto para Cordeiro quanto para Garrido, quando a empresa aplica de forma
adequada a PLR, os profissionais têm uma maior motivação para o trabalho, a
moral do grupo fica maior, eles "vestem a camisa" da empresa e há um aumento de
produtividade.