Acompanhar o movimento das organizações e as novas tendências gerenciais é
importante em um mercado de trabalho que está de olho no nível de
empregabilidade dos trabalhadores. É preciso saber para ser mais atuante, pois
só o conhecimento traz consigo liberdade. Cuidar bem da carreira profissional é
algo que não pode ser deixado de lado em nenhuma circunstância.
Nesse sentido, trouxe para vocês uma reportagem do Jornal da Tarde,
edição de 17 de fevereiro, intitulada “Aumenta a fidelidade do trabalhador à
empresa”. Alguns aspectos relevantes abordados por especialistas em Gestão de
Pessoas serão comentados a seguir.
A inclusão de mais políticas de valorização do trabalhador adotadas pelas
empresas promove a permanência no mesmo emprego por em média 6 anos e meio,
segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Em 2002, a
média ficava em torno de 5 anos e meio; alguns anos atrás era comum encontrar
funcionários com 20, 30 anos de casa.
Há um consenso entre os especialistas ouvidos: é
preciso ter equilíbrio em relação ao tempo de permanência em uma mesma empresa.
Ressalto alguns itens importantes:
- É preciso cuidado com um currículo recheado de empregos “fast”. Trocar
muito de empresa pode significar instabilidade e falta de comprometimento e
soma pontos negativos na busca pela recolocação no mercado;
- Muitos anos dedicados a uma empresa, na mesma função, pode parecer
acomodação e há o perigo de ficar defasado em seus conhecimentos e
habilidades técnicas. Isso aumentaria as dificuldades na hora de buscar um
novo trabalho;
- Vale a pena permanecer em uma mesma empresa caso ela ofereça
oportunidades de atualização e plano de carreira, por exemplo. O principal é
se sentir feliz e realizado;
- O ideal é que a permanência gire em torno de 8 anos na empresa, orienta
a professora do MBA da Brazilian Business School, Irene Azevedo.
O que se percebe é que as empresas passarão a ficar atentas, reconhecendo e
valorizando seus talentos. Assim, investirão cada vez mais em cursos de
atualização, treinamentos e planos de carreira. Elas sabem que sai caro perder
um ótimo funcionário, além do risco de levar tempo para encontrar outra pessoa
que se encaixe no mesmo cargo.
Mas há o outro lado da moeda no aumento do índice de permanência nas
empresas. Os funcionários também passarão a cuidar melhor de suas carreiras,
escolhendo empresas mais adequadas aos seus valores e objetivos profissionais.
Além disso, a crise internacional trouxe o medo do desemprego, fazendo com que
os funcionários arriscassem menos na procura de um novo trabalho.
A decisão de permanecer ou não no mesmo emprego é muito pessoal. É preciso
estar atento ao mercado de trabalho e suas demandas. O importante é cuidar bem
da carreira, se reciclar sempre que possível e, sobretudo, buscar alternativas
para ser feliz no seu trabalho. Compartilhe conosco sua experiência: Você está
mais para funcionário de carreira ou é um tipo “fast”? O que acha destes perfis?
O que futuro das empresas reserva para os profissionais?