Economizar / Poupar - Sem crise no prato: como driblar a falta de dinheiro de forma saudável
Diante da crise financeira mundial e do aperto no orçamento familiar, os
consumidores tendem a buscar alternativas de alimentos que caibam no bolso, mas
que podem não possuir um valor nutritivo adequado a uma dieta saudável.
Isso ocorre porque as pessoas acreditam que os alimentos orgânicos e saudáveis
são mais caros e, assim, acabam optando pelos fast foods e pratos congelados.
Porém, esse é um mito errôneo, primeiro, porque há opções boas para a saúde que
não prejudicam o bolso e, segundo, porque o consumo desses alimentos que parecem
mais baratos gera um aumento de gastos com problemas de saúde.
O brasileiro e o fast food
Para se ter uma ideia da relação entre o brasileiro e o fast food, segundo um
estudo realizado pela FGV Projetos, de cada R$ 10 gastos no País com alimentação
de serviço rápido, R$ 4 são no Mc Donald's.
Além disso, a análise dos gastos com alimentação fora de casa revela que 7% das
despesas das famílias brasileiras em restaurantes e lanchonetes são realizadas
no Mc Donald's.
Só que, apesar de práticos e aparentemente mais em conta, a maioria dos produtos
fast food e dos pratos congelados prontos são repletos de sal, açúcar e gorduras
trans, além de terem pouco valor nutricional.
Dessa forma, o primeiro passo para o aprendizado da economia na mesa em tempos
de crise é saber que existe melhor negócio a se fazer no supermercado, na
quitanda e na frutaria!
Três regras básicas
Existem três requisitos básicos, que, se seguidos pelo consumidor, vão lhe
proporcionar compras baratas e saudáveis. São elas:
- Adquira alimentos da estação, que costumam ser mais baratos e com melhor
qualidade, e também aqueles que estão em promoção;
- Incremente a alimentação com frutas e vegetais, pois esses alimentos
deixam o organismo mais satisfeito, por conta das fibras, e impedirão os
"lanchinhos" fora de hora;
- Apesar da opção orgânica ser mais saudável, em tempos de dinheiro curto,
opte pelos alimentos convencionais que têm menor risco de pesticidas, como
cebola, aspargo, brócolis, avocado (variedade do abacate), abacaxi, manga,
kiwi e banana.
Rendendo as economias
Na tabela abaixo, é possível conferir outros alimentos que podem ser adicionados
à lista de compras sem afetar o bolso, e a explicação nutricional do bem que
eles fazem à saúde:
Alimento |
Porque adquiri-lo? |
Abóbora |
Rica em beta-caroteno, satisfaz a fome sem muitas
calorias. Fica deliciosa com canela e noz-moscada. |
Aveia |
Redutora de colesterol, a aveia é uma pechincha
nutricional, especialmente quando comprada a granel. Tente comer aveia
no café-da-manhã com frutas. |
Conserva de sardinha ou atum |
Sardinhas são ricas em ômega-3 e cálcio e têm baixo
teor de mercúrio. O atum é barato, rápido e uma saudável fonte de
proteína. São ótimos misturados em saladas ou em lanches com pão
integral. |
Feijão |
Proporciona proteína e fibra para sua dieta. Pode ser
ingerido com arroz - integral - ou com húmus para um lanche rico em
proteínas. |
Frutos e sementes |
Saudáveis em gorduras e proteínas, as nozes,
amêndoas, sementes de abóbora e gergelim devem fazer parte da dieta de
todos. Compre-os sem sal e coma apenas pequenas porções puras, com
lanche ou salada. |
Grãos integrais |
Arroz integral e massas de grãos integrais - como
quinua - são ótimas opções para as refeições, principalmente quando
misturados aos nutritivos legumes, feijões ou leguminosas. |
Ovo |
Uma das mais baratas fontes de proteína, pode ser
feito mexido com legumes e ervas picadas para uma rápida e nutritiva
refeição. Evite a fritura. |
Raízes (beterraba, cenoura, aipim) |
São ricas em antioxidantes. Você pode consumi-las
frescas, cruas, raladas em saladas e também pode assá-las. |
Repolho |
Barato, ele é repleto de nutrientes, sendo que alguns
são liberados apenas com o processo de cozimento. É ótimo cozido no
vapor ou em saladas. |
Fonte: Daniela Jobst, especialista em Nutrição Clínica Funcional
e Bioquímica do Metabolismo
Referência:
InfoMoney
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Autor:
Equipe InfoMoney
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