Dívidas / Endividado ? - Veja oito passos para se ver livre das dívidas
Presentes de Natal, roupa nova para o ano novo, viagem de férias, IPVA, IPTU,
matrícula da escola dos filhos, material escolar, reservas para o carnaval...O
primeiro mês do ano ainda nem acabou e muita gente já está atolada em dívidas.
Para se ver livre das indesejadas de uma vez por todas, veja as dicas a seguir.
De acordo com o professor coordenador do curso de economia da FAAP (Fundação
Armando Álvares Penteado), José Geraldo Soares Melo, a primeira providência a
tomar é fazer uma lista com todas as dívidas, para ter clareza do quanto e em
que a pessoa está devendo.
Feito isso, o próximo e segundo passo é verificar a carga de juros que incide
sobre cada débito. "Muitas vezes, as pessoas pagam em juros mais da metade ou o
dobro do valor daquilo que comprou. Calcular os juros, especialmente antes das
compras, é uma atitude que deve se tornar hábito", argumenta o professor.
Pagamento
Assim que tomar ciência de tudo o que deve, a terceira medida é partir para a
renegociação. Melo alerta que, na intenção de receber o montante devido, grande
parte dos credores renegociam os juros, o que pode significar uma redução de até
50%.
A partir daí, no quarto passo, o endividado deve tomar uma decisão muito
importante: procurar uma linha de crédito com juros menores do que os das contas
que ele já está pagando e assim substituir várias dívidas por uma. Contudo, diz
ele, esta não é uma tarefa fácil.
Além disso, o endividado pode optar pela venda de um bem, como um carro, por
exemplo, para quitar os débitos e financiar outro com juros bem menores, o que,
segundo o professor, é o mais indicado.
Ou ainda, na impossibilidade das duas alternativas anteriores, fazer uma
readequação do orçamento e ir se livrando das dívidas aos poucos, priorizando
aquelas com juros maiores e as essenciais (contas de água, luz, entre outras).
Pagou? E agora?
Bom, a partir do momento que a pessoa está conseguindo honrar seus compromissos
ou mesmo quitou totalmente os seus débitos, vem o quinto e mais importante
passo: tomar consciência do seu real padrão socioeconômico.
"Em primeiro lugar, a pessoa tem que entender que ela gasta mais que sua renda.
Então, ela deve se reestruturar e passar a ter um padrão de vida condizente com
o seu orçamento, cortando os gastos excessivos e substituindo serviços e
produtos, quando necessário", diz o professor.
Neste sentido, Melo ainda aconselha que a pessoa tome três providências:
- Faça um orçamento doméstico. Anote todo e qualquer gasto. Saber para
onde está indo o seu dinheiro é muito importante para entender o que é
supérfluo ou não;
- Não compre nada a prazo. Poupe e pague à vista. Os juros das compras
parceladas são altos e, na maioria das vezes, o valor total a prazo daria
para comprar dois produtos à vista;
- Resista às tentações. Compras por impulso são um veneno para o orçamento
doméstico. "Se der vontade de comprar, pare, respire e só compre depois de
três dias. Se for algo que a pessoa não precisa, ela se esquecerá do objeto
desejado antes deste período", diz o professor.
Referência:
InfoMoney
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Autor:
Gladys Ferraz Magalhães
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