No mercado de trabalho, existem profissionais que fazem seu trabalho da
maneira esperada, são até considerados competentes naquela função, mas não se
destacam. Para a professora do curso de Gestão de Recursos Humanos da Veris
Faculdades, Suely Piaia Murtinho, isso acontece porque o profissional não tem
proatividade.
“Ele até faz o arroz com feijão bem feito. Mas é um profissional mediano, ele
não se sobressai porque não tem proatividade”, ressalta a especialista.
A consultora de carreira Maria Bernadete Pupo acrescenta que muitas vezes o
profissional é considerado mediano porque não tem entusiamo com seu trabalho.
“Não fazer o que gosta, ser acomodado, não ter energia e não ser empenhado são
fatores que dificilmente ajudarão a pessoa ser brilhante”.
Como se destacar
O primeiro passo para deixar de ser mediano e se tornar “brilhante” é
reconhecer as dificuldades, que podem ser relacionadas tanto com as competências
técnicas como as comportamentais. De acordo com as duas especialistas,
geralmente as pessoas não se destacam no trabalho por causa de questões de
comportamento.
“É fundamental que ele sinta necessidade de mudar. Mas é importante ter
ajuda, senão ele acaba fazendo sempre a mesma coisa, tendo as mesmas atitudes”,
aconselha Suely. Segundo a professora, o estímulo de mudar de situação ocorre
principalmente quando algum dos colegas é promovido ou envolvido em um projeto
em que a pessoa gostaria de atuar.
Quem pode ajudar
Neste processo, além da própria atitude do profissional de querer mudar, o
gestor da empresa e o departamento de RH (Recursos Humanos) também podem ajudar.
“Nada acontece sem um bom planejamento. É importante ter um plano de ação em
conjunto”, diz Suely.
Maria Bernadete declara ainda que o líder tem uma função fundamental que é
motivar seu profissional. “Ele tem de valorizar as pessoas”. Para ela, o chefe
tem de possibilitar que o colaborador cresça por meio do envolvimento com a
empresa, já que a falta de envolvimento é um dos principais motivos da alta
rotatividade nas organizações.
Suely acrescenta também que o chefe tem de dar feedbacks constantes e
acompanhar de perto o trabalho do profissional. Por fim, ela aconselha que a
pessoa procure um coach que ajudará a identificar as suas dificuldades e
trabalhar para saná-las. “Alguém de fora sempre enxerga melhor e nos mostra
outros caminhos”, finaliza a especialista.