Os riscos envolvidos ao abrir um negócio são sempre grandes. Raramente vemos
um negócio que é tão bom que seu risco possa ser desprezado. Dizemos
frequentemente que o empreendedor deve saber lidar com o risco. Isto é verdade,
mas tão importante quando lidar com o risco é saber avaliá-lo adequadamente.
Podemos separar o risco de um negócio em 3 fases:
- Avaliação
- Decisão
- Execução
Vamos analisar cada uma separadamente:
Avaliação:
Antes de tomar qualquer decisão em relação a assumir riscos em um negócio, o
empreendedor deve fazer uma avaliação clara do que realmente está em jogo.
Situações psicológicas podem levar a uma visão errônea do risco, e levar a
conclusões precipitadas.
Por exemplo, uma pessoa que é apaixonada por futebol pode se empolgar ao
receber a oferta de uma sociedade em um negócio de aluguel de campos. A
empolgação pode fazer com que o empreendedor não pense corretamente no que terá
que sacrificar e no que acontecerá se o negócio não der certo. Da mesma forma,
podemos pensar que uma idéia é muito arriscada com base em uma experiência
passada ruim, quando o ambiente mudou e as possibilidades de sucesso são
maiores.
Por isso, o empreendedor deve pensar friamente no que está arriscando em
termos financeiros, profissionais e pessoais.
Uma boa técnica é sempre pensar em hipóteses. Ao avaliar diferentes
cenários, eventualmente se chegará ao pior de todos: o completo fracasso. Isso
não é ser pessimista, é ser responsável e ter certeza que, mesmo que tudo dê
errado, o empreendedor terá um plano para sair do buraco.
Como complemento, não seja perfeccionista. Você nunca terá as respostas a
todas suas dúvidas, e não pode ficar paralisado olhando todos os possíveis
aspectos do risco que pretende assumir. Avance o suficiente para que a
informação lhe permita tomar uma decisão.
Decisão:
Após avaliar o risco, deve-se tomar uma decisão difícil: seguir adiante ou
abandonar a idéia. Por isso a fase de avaliação é tão importante: ela permite
que o empreendedor tome uma decisão com mais informações e menos “achismos”.
Como se trata de uma decisão relacionada a assumir riscos, tanto os
potenciais ganhos quando as potenciais perdas devem ser avaliados. Riscos
maiores são assumidos quando o ganho pode ser maior, e o limiar de risco é
diferente para cada um.
Durante a decisão, também se deve pensar na pior situação. Por mais que
ninguém queira pensar em fracasso, é obrigação do empreendedor definir se estará
mentalmente (e financeiramente) preparado caso o pior aconteça.
Execução:
Tomada a decisão, o empreendedor deve assumir a responsabilidade por ela e
olhar para frente. Mesmo que outros tenham opinado e influenciado, a decisão de
ir adiante com o negócio deve ser assumida por ele de forma incondicional.
Toda a energia deve ser concentrada no sucesso, e qualquer momento em que se
fica questionando a decisão é um fator redutor de potenciais ganhos. Não fique
olhando para trás e reavaliando os riscos. Isso somente deve ser feito se houve
uma mudança grande e brusca no ambiente.