Você está em um emprego fixo, mas sonha em ter seu próprio negócio?
Então repita este mantra todas as manhãs ao sair de casa:
“Nunca mais deixarei que outra pessoa
seja responsável por toda minha renda!”
Esta afirmação é bastante ampla, e ajuda o
profissional a pensar no tema empreendedorismo de diversos ângulos.
O primeiro ponto é o mais importante: quem é dono
de sua vida? Estou falando sobre seus recursos, suas liberdades, seus sonhos.
Se você tem um emprego fixo, no qual toda sua renda vem de uma única fonte (a
empresa contratante), então ela é dona de sua vida.
OK, a afirmação é um tanto forte, então vamos
colocar algumas informações adicionais. Se você irá ficar em uma
situação muito complicada se perder o emprego, então a empresa é dona de sua
vida.
O que quero dizer é que este tipo de dependência
financeira afetará suas decisões e seus sonhos. Se você precisa do emprego para
sobreviver, será facilmente manipulado por chefes que sabem que você tem muito a
perder.
Que fique bem claro: não estou fazendo uma pregação
contra o emprego fixo. A idéia é que você avalie sua situação atual de
dependência financeira em relação a uma empresa e tome ações imediatas para
reverter o quadro. Também não estou sugerindo que largue o emprego…
muitas pessoas adoram seu trabalho e nem sonham em largá-lo, mas ainda assim
podem tomar algumas iniciativas para melhorar sua renda ou se preparar para o
futuro.
Para ilustrar melhor o que quero transmitir, vou
dar algumas idéias de ações para reduzir sua dependência financeira da empresa.
1. Negócio familiar – se você tem
parentes com tempo disponível, pode usar seu conhecimento para desenvolver um
negócio familiar sem que tenha que colocar a mão na massa. Participe do
conceito, idealização, estruturação e monitoramento, sempre colocando alguém a
cargo do dia a dia do negócio.
2. Negócio em paralelo - mesmo com
um emprego fixo é possível iniciar outro negócio próprio. O segredo é dosar as
atividades para que você possa realizá-las em seu tempo livre. Nesta situação,
o mais importante não é necessariamente criar uma empresa de rápido crescimento
e sucesso, e sim construir as bases para ir adquirindo clientes e melhorando as
atividades, para que você possa alavancar o negócio rapidamente caso decida sair
do emprego (ou alguém decida isto por você).
3. Planejamento de negócios - se
você não tem a menor condição de se dedicar a outra atividade comercial com um
mínimo de qualidade, ainda assim deve começar a se preparar. Avalie que tipo
de negócio poderia abrir caso saísse do emprego, comece a preparar um plano de
negócios e a estudar profundamente o tema. Se a idéia de negócio está vinculada
a seu trabalho atual, melhor ainda… assim você estará agregando valor ao
presente e ao futuro.
4. Treinamento e palestras - se
você tem perfil adequado para dar treinamento e palestras, pode se aperfeiçoar
dentro da empresa atual. Seja voluntário para dar cursos e apresentações tanto
dentro quanto fora da empresa, e melhore suas habilidades de comunicação. As
palestras que hoje você dá em nome da empresa, amanhã pode dar em nome de sua
própria empresa.
5. Consultoria – quando o
conhecimento que você tem pode ajudar outros profissionais e empresas, talvez
possa iniciar uma atividade de consultoria em pequena escala. Sempre com o
cuidado de não interferir com seu desempenho no emprego e de não infringir
regras de propriedade intelectual da empresa. Deixe bem claro a seus clientes
as limitações de tempo e disponibilidade… com a internet é possível realizar
esta atividade com mínima ou nenhuma presença física.