Por necessidade ou em busca de independência financeira, é cada vez mais
comum encontrar jovens recém-formados ou ainda cursando o Ensino Médio no
mercado de trabalho. Por conta disso, não raro, muitos desses jovens acabam
escolhendo o curso de graduação pensando em manter ou crescer no emprego atual,
mas será que vale a pena?
De acordo com especialistas, antes de tomar qualquer decisão, o candidato
deve pensar se realmente gosta daquilo que faz atualmente e se consegue se ver
naquele ramo de atuação futuramente. Caso contrário, alertam, a pessoa pode
tornar-se um profissional frustrado.
“Irá valer a pena se o indivíduo realmente se vê naquele ramo de atuação,
seguindo aquela carreira. Ou seja, se está de acordo com seu perfil e com o que
ele quer para o seu futuro a longo prazo”, observa a consultora de RH (Recursos
Humanos) do Grupo Soma, Juliana Saldanha de Castro.
A orientadora educacional do CIEE (Centro de Integração Empresa Escola),
Idamar Carpinelli, concorda, mas acrescenta outra visão: “Se o problema for
financeiro, talvez, valha a pena a pessoa utilizar essa experiência para criar
novas oportunidades futuramente”.
Antes de escolher, que atitudes tomar?
Ainda segundo as especialistas, antes da escolha, também vale a pena
conversar com os superiores no emprego atual. Contudo, na opinião de Idamar,
esta não deve ser a única fonte de informação do profissional: feiras de curso e
orientação vocacional, por serem imparciais, também podem dar um bom auxílio.
Além disso, independentemente da pessoa já trabalhar ou não, na hora de optar
por uma carreira, ela deve considerar o seu perfil, as habilidades que quer
desenvolver, as matérias que irá estudar e quais as possibilidades de atuação
daquela carreira.
“A pessoa não deve escolher pensando somente no salário ou na
empregabilidade, pois o mercado muda (…) Se for um bom profissional, no geral,
ela se destacará na carreira que escolher”, diz Idamar.
Trabalhando e estudando
Por fim, orienta Juliana, passado o período da escolha e chegada a hora de
trabalhar e estudar, o novo universitário deve ter disciplina para que nem a
faculdade nem o emprego sejam prejudicados, devendo, para isso, administrar o
tempo de forma adequada.
“Trabalhar e estudar ao mesmo tempo requer uma habilidade muito grande em
saber administrar suas prioridades, pois nenhum dos dois deve ser prejudicado.
Muitas vezes, quando estamos trabalhando, deixamos o desempenho acadêmico em
segundo plano e isso, a longo prazo, pode ser muito prejudicial, uma vez que o
conhecimento deixado de lado naquele momento pode ser fundamental em uma
oportunidade futura”.