As profissões mais escolhidas pelos jovens brasileiros estão ligadas à
computação e à matemática (21%), às engenharias (9%) e à área financeira (8%). O
resultado consta de uma pesquisa da Accenture realizada este ano junto a 2.464
alunos de graduação de oito países: Estados Unidos (407), Reino Unido (306),
França (496), Alemanha (301), Índia (286), Rússia (251), China (301) e Brasil
(116).
Constatou-se ainda que a maioria dos universitários brasileiros sonham em
trabalhar em empresas de telecomunicações (39%). Entre as cinco primeiras
posições, aparecem ainda os seguintes setores: o sistema bancário (38%), de
mídia e entretenimento (35%), empresas estatais (33%), de eletrônicos e
tecnologia (32%).
Entre os setores menos populares, estão: indústria farmacêutica (8%), varejo
(8%), fabricantes de equipamentos industriais (7%) e empresas de seguros (6%).
Tipo de empresa
Quanto ao porte da empresa, ficou claro que os jovens do Brasil sonham com as
grandes, com quase metade (40%) preferindo tais companhias. Apenas 12%
prefeririam trabalhar em empresas de médio porte e 6%, em pequenas. Um número
significativo de estudantes (16%) dizem que gostariam de trabalhar para o
governo. As outras possibilidades foram: ONGs (1%), ser autônomo (8%) e sem
preferência (18%).
Um dos dados interessantes obtidos pela pesquisa é que muitos dos entrevistados
brasileiros (59%) têm como objetivo um cargo alto nas empresas, o que mostra a
ambição deles na comparação com os demais países, onde esse percentual foi de
46%.
Confira os cargos desejados:
* Chief Information Officer (diretor de TI): 24%;
* Chief Operating Officer (diretor de operações): 20%;
* Chief Executive Officer (diretor executivo): 18%;
* Chief Marketing Officer (diretor de marketing): 17%;
* Chief Customer Relations Officer (diretor de relações com clientes): 15%;
* Chief Sales Officer (diretor de vendas): 10%;
* Chief Financial Officer (diretor financeiro): 8%;
* Nenhum dos anteriores: 41%.
Currículo
Ao longo de suas carreiras, os jovens brasileiros esperam trabalhar em no mínimo
três e no máximo cinco empresas diferentes (65%); entre uma e duas empresas
(17%); entre seis e dez (13%); entre 11 e 15 (3%); 16 ou mais (2%). Os
percentuais variaram pouquíssimo na comparação com os demais países.
Além disso, 69% deles esperam ficar no primeiro emprego por pelo menos três
anos. Esse percentual é bem menor nos demais países, de apenas 50%. A maioria
dos brasileiros ainda esperam poder descrever seu primeiro emprego como
desafiador (26%); interessante (24%); importante para o currículo (13%); bom
para desenvolver novas competências (11%); com grandes mentores (7%); uma forma
de se preparar para o próximo emprego (6%); uma chance de ganhar experiência
internacional (4%); conhecer colegas interessantes (2%); e um emprego no qual
desenvolva um ótimo relacionamento com o chefe (1%).
Já suas principais preocupações são:
- Que seus talentos não sejam utilizados (53%);
- Que a empresa não o ajude a desenvolver habilidades importantes para o mercado
(52%);
- Que o trabalho o impeça de cuidar de sua vida pessoal, fora da empresa (45%);
- Que o trabalho seja "chato", repetitivo, rotineiro, fácil (38%);
- Não encontrar um bom mentor (35%);
- Não ter um bom relacionamento com o chefe (23%);
- Não encontrar colegas interessantes (16%);
- Que se sinta muito atarefado (11%);
- Que não tenha oportunidade de viajar para fora (10%).