O segredo é transmitir ao leitor, de forma clara e rápida, o seu histórico
profissional. Mas qual a melhor forma de redigi-lo?
A literatura profissional fala em dois modelos de currículo. O mais comum é o
cronológico, em que o pretendente alinha seus empregos anteriores, do mais
recente para o mais antigo, sempre definindo claramente as experiências
adquiridas, competências utilizadas ou resultados obtidos num horizonte de
tempo.
O outro tipo é o funcional, que se concentra mais nas competências do
indivíduo do que no período de tempo em que elas foram utilizadas. Ele é mais
indicado quando se quer ressaltar aspectos profissionais que não são os mais
recentes, porém importantes para o que se almeja.
Qualquer que seja o modelo escolhido, dados pessoais, como endereço, telefone
e e-mail devem estar em destaque. Mas o objetivo de emprego nem sempre precisa
ficar explícito. Como selecionador, já identifiquei muitas vezes o desejo do
candidato pelo conteúdo de um currículo claro.
O risco de quem especifica demais seu objetivo é reduzir o número de
oportunidades que podem ser oferecidas. E o de quem relata um objetivo muito
amplo, é mostrar que talvez não saiba bem o que quer.
Dicas
Não se pode perder de vista que a intenção é ajudar o leitor. Portanto,
muitas vezes, é mais eficiente fazer e destacar, logo no início do currículo, um
resumo, em quatro ou cinco tópicos, das principais qualificações que poderão ser
encontradas no currículo.
As experiências de trabalho devem ser redigidas da maneira mais adequada para
cada perfil. Quem ocupou cargos gerenciais, deve mostrar em que seus aspectos
contribuíram para os resultados do seu departamento ou da empresa. Os que estão
em outros níveis, devem destacar as competências, responsabilidades e vivências
de suas atividades.
Os cargos exercidos também devem ser descritos de forma a que qualquer pessoa
compreenda a função, sem terminologias e siglas próprias de determinada
organização.
Informe a abrangência da sua responsabilidade. Quais as principais
competências do cargo? Quantos subordinados teve? Qual montante do orçamento
administrava? E, se trabalhou em vendas, qual a área territorial sob seus
cuidados? As respostas a estas questões fornecem dados importantes sobre os
candidatos.
Se a empresa em que trabalhou não for muito conhecida, escreva sobre a
participação dela no mercado, seu tamanho e faturamento, por exemplo.
Em seguida, relate sua formação escolar, universitária e os principais cursos
freqüentados. Treinamentos internos, palestras, seminários e estudos de curta
duração (de menos de três meses) não acrescentam grande coisa ao candidato.
No entanto, especializações, idiomas e aprendizado no exterior são
valorizados. Claro que só devem fazer parte do histórico aquelas viagens
internacionais que agreguem valor à experiência profissional.
A aparência do currículo também conta. Evite frases e parágrafos longos. Não
é necessário indicar a pretensão salarial, algo que deve ser discutido
pessoalmente. E tente resumir todo este conteúdo em, no máximo, três páginas.
Boa sorte!