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Carreira / Emprego - Como usar sua rede de contatos para conseguir um bom emprego  

Data: 12/12/2008

 
 

No meu trabalho como coach de executivos, ainda tenho me surpreendido bastante com a inabilidade de profissionais do mais alto nível em usar seu networking (rede de contatos). No caso de executivos em busca de recolocação, isso é ainda mais flagrante. Tenho exemplos de executivos do mais alto nível nas organizações que não têm a menor idéia de como fazer isso. Trocam os pés pelas mãos.

O erro mais primário é contatar as pessoas sem saber o que você quer. Outro engano comum é selecionar entre os contatos apenas aqueles que estão na área desejada ou conhecem alguém nessa área. Deixa-se de lado o restante da rede. E por fim, e não menos grave, é ligar para as pessoas conhecidas e pedir emprego diretamente, especialmente se você está desempregado.

Como fazer então?


Bom, o primeiro passo a ser dado, antes de iniciar os contatos, é definir claramente seus objetivos. Você precisa ter muito claro o que deseja fazer. Não importa tanto o fato de que isso nem sempre é possível. Não se pode em hipótese alguma dar a tradicional resposta à pergunta “o que você quer fazer?”: “preciso trabalhar”. Essa é a pior resposta possível, pois indica grandes dúvidas e não ajuda seu amigo a ajudar você. Ninguém vai poder te ajudar a buscar qualquer emprego em qualquer lugar. Então, acima de tudo, defina seu objetivo. Saiba o que você quer e o que você não quer e tenha essas respostas na ponta da língua.

O segundo passo é organizar sua rede. Organize um banco de dados completo com todos os seus amigos e conhecidos. Pegue todos os cartões de visita que você recebeu e adicione os dados. Classifique então seus contatos por nível de intimidade. Três faixas de classificação são mais do que o suficiente. Por exemplo, classifique como “A” seus contatos diretos, aqueles com quem você tem intimidade para ligar e combinar um almoço ou um happy hour. “B” serão aqueles com quem você tem menos intimidade e pode solicitar reuniões mais formais. “C” são aqueles a quem você não conhece bem ou não sabe se vão lembrar de você.

O próximo passo é iniciar os contatos, começando por aqueles a quem você classificou como “A”. Não importa se você acha que esse ou aquele contato não tem como ajudá-lo, pois não tem nenhuma relação com a área que você deseja. Ligue para todos os seus “As”. Você nunca sabe exatamente quem cada um conhece. Marque um encontro pessoal com eles. É muito melhor do que falar por telefone. Só depois de se encontrar com todos os seus “As” é que você vai partir para os “Bs”. A não ser que você veja que algum dos seus “Bs” trabalha exatamente no lugar para onde você quer ir. Os seus “Cs” ficam na reserva final.

Depois disso, vem o seguimento natural: os encontros. A regra número um para encontros e telefonemas é uma só: não peça emprego. Nos encontros, leve idéias, peça conselhos, informações e/ou indicações de outras pessoas com quem você possa conversar. Foque em conselhos e indicações. Todo mundo gosta de dar conselhos e você deve usar isso a seu favor. As indicações de outras pessoas farão com que o número de contatos possíveis seja infinito.

Mais de 70% das recolocações provêm da correta utilização da rede de contatos. Experimente e veja os resultados. Aproveite também para manter sua rede viva quando você não precisa dela. Aí, com certeza, você não vai precisar.



 
Referência: curriculum.com.br
Autor: Arthur Diniz
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